A crítica radical de Espinosa como autoproblematização
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2013.106247Palavras-chave:
Espinosa – Ética – autoproblematizaçãoResumo
Pode-se ler que, em sua principal obra, a Ética: demonstrada segundo a ordem geométrica, Espinosa se vê obrigado a explicar como é possível a ideia da transcendência se originar do mundo da absoluta imanência. O problema central abordado neste trabalho é colocado com a inversão dessa pergunta: como, no seio de um mundo transcendente, ou seja, um mundo que toma a transcendência como princípio fundamental de explicação da vida em sua totalidade, faz-se possível surgir a ideia da imanência, seu oposto e contraditório? Dessa forma, buscamos compreender as condições de possibilidade da crítica radical espinosana à tradição. Para isso, procura-se fazer um exame dos elementos constitutivos desse movimento crítico, com o qual veremos a necessidade de ser considerada a experiência, a partir da ideia de autoproblematização, para um entendimento mais rico da questão.
Downloads
Referências
CHAUI, Marilena de Souza. Espinosa: uma filosofia da liberdade. São Paulo: Editora Moderna, 2005.
DELBOS, Victor. O espinosismo: curso proferido na Sorbonne em 1912-1913. Trad. Homero Santiago. São Paulo: Discurso Editorial, 2002.
DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. Trad. Daniel Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: Escuta, 2002.
ESPINOSA. Ética. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Alternativa, 2010.
______. Pensamentos metafísicos; Tratado da correção do intelecto; Ética; Tratado político; Correspondência. Vários tradutores. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (coleção Os Pensadores).
GIACÓIA Jr., Oswaldo. A autossupressão como catástrofe da consciência moral. Estudos Nietzsche, Curitiba, v.1, n.1, p. 73-128, jan./jun. 2010.
MACHEREY, Pierre. Introduction à l’éthique de Spinoza. La première partie, la nature des choses. Paris: PUF, 1997.
MARTINS, André. (org.). O mais potente dos afetos: Spinoza e Nietzsche. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
NIETZSCHE, Friedrich. Aurora. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
______. Genealogia da moral. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia das Letras, 1998.
SANTIAGO,Homero. O filósofo espinosista precisa criar valores?. Trans/Form/Ação, São Paulo, v. 30, n. 1, 2007a.
______. O mais fácil e o mais difícil: a experiência e o início da filosofia. Revista Conatus – Filosofia de Spinoza, Fortaleza, v. 1, n. 2, dez. 2007b.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Humanidades em diálogo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.