A passagem do tudo ao nada: Roberto Schwarz entre colapsos temporais e desafios de geração
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2024.204593Palavras-chave:
Roberto Schwarz, Tempo histórico, Ditadura Civil-Militar, 1964, Modernização capitalistaResumo
Em 2012, quando da publicação do livro de ensaios do crítico literário Roberto Schwarz Martinha versus Lucrécia, uma resenha de Milton Ohata sobre o material trazia uma expressão interessante para designar a obra de Schwarz: “futuro estático”. A partir desta noção, o presente artigo visa uma investigação da fenomenologia do tempo na obra de Roberto Schwarz, tendo como ponto capital para a análise o pré e o pós golpe civil-militar de 1964, momento que teria instituído a estaticidade deste futuro. Acompanhando os rumos do pensamento dialético de Roberto ao longo dos anos, ansiamos apontar as vicissitudes e desafios da crítica dialética à experiência brasileira do pacto nacional-desenvolvimentista até hoje. Assim, se 1964 encerra um momento histórico via colapso (um colapso que não se encerra em 1964, aliás), outro tempo se inaugura, e novas respostas são esperadas da crítica dialética.
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