O desenvolvimento da autonomia discente nas aulas de italiano como língua adicional
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i36p5-16Palavras-chave:
Ensino-aprendizagem, Italiano como língua adicional, Autonomia discenteResumo
Segundo Freire (1996), Mezzadri (2003) e Kumaravadivelu (2006), um dos principais escopos do processo de ensino-aprendizagem é promover a autonomia dos alunos. Diante disso, este artigo tem como objetivo apresentar reflexões, de caráter teórico e prático, sobre a importância do desenvolvimento da autonomia discente nas aulas de italiano como língua adicional. No que concerne aos aspectos teóricos, serão tratadas algumas definições de autonomia em âmbito didático-pedagógico. Em seguida, serão abordadas as noções de língua estrangeira, segunda língua e língua adicional, procurando-se explicar por que, neste texto, optou-se pelo último termo. Quanto aos aspectos práticos, serão mostrados alguns dados de um estudo de caso realizado no primeiro semestre de 2015 em uma sala de aula do Italiano no Campus, curso de extensão da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. A análise dos dados, realizada à luz dos postulados teóricos tratados neste artigo, parece indicar que, durante as aulas, os estudantes puderam construir conhecimentos na e sobre a língua italiana e, ao mesmo tempo, refletir sobre o seu próprio processo de aprendizagem linguística, o que provavelmente contribuiu para os discentes se tornarem mais autônomos.
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