Gaspara Stampa e a poesia feminina renascentista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.v0i53p114-129Parole chiave:
Gaspara Stampa, Renascimento, Poesia feminina, Petrarquismo, Literatura feministaAbstract
O artigo explora a contribuição literária de Gaspara Stampa (1523-1554), importante poetisa do Renascimento italiano. Motivado pela ausência de informações sobre autoras femininas em cursos de pós-graduação, o texto analisa como Stampa desafiou as convenções sociais e estéticas de sua época, destacando-se em um período marcado por severas limitações para as mulheres.
A obra de Stampa, particularmente "Rime" (1543) e "Lettere" (1552), revela sua relação complexa com o petrarquismo, corrente literária dominante. Embora adotasse elementos formais desse estilo, a autora subverteu seus conteúdos, substituindo o amor idealizado e único de Petrarca por uma expressão mais terrena e múltipla dos afetos. Seus sonetos, frequentemente inspirados em experiências amorosas reais (especialmente com o conde Collaltino di Collalto), mesclam linguagem refinada com expressões mais pessoais e imediatas.
O artigo analisa alguns sonetos específicos, destacando como Stampa transformou experiências dolorosas em poesia de intensidade singular, usando imagens como a salamandra e a fênix para simbolizar sua resiliência emocional. Sua obra representa um marco na literatura italiana e na expressão feminina, antecipando temas da literatura feminista e questionando os papéis tradicionais impostos às mulheres.
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