Corpo, cultura e significado
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.147240Palavras-chave:
corpo humano, cultura, indústria da beleza, narcisismo.Resumo
Introdução: O ser humano perpassa a história na procura da plenitude e da perfeição do corpo. Mudam-se os atores, muda-se o cenário, o contexto sociocultural, os gostos e interpretações, o significado, e permanece-se a busca pelo corpo ideal.
Objetivo: Propõe-se uma abordagem de caráter crítico-reflexiva sobre o padrão do corpo ao longo da trajetória histórica, assim como sua representatividade cultural e o significado a ele atribuído.
Método: Trata-se de uma dissertação crítico-reflexiva construída com base em literatura existente. Utilizou-se os bancos de dados: MEDLINE, LILACS, Scientific Eletronic Library – SciELO e Bireme; bem como o Google Acadêmico e literaturas cinzentas. A elaboração do manuscrito seguiu as normas da revisão de literatura, e aproximou-se da abordagem qualitativa.
Resultados: Há de se considerar a relação que a mídia estabelece com o corpo, impulsionando uma busca incansável por um reflexo padronizado no espelho, encarado como beleza; A cultura do poder de compra sobre o corpo feminino, da discriminação, da violência, da indiferença. Revela-se uma discussão sobre aspectos fundamentais e importantes para se compreender o corpo na totalidade, não apenas como uma estrutura orgânica, mas como algo complexo e subjetivo que sofre constantes influências do ambiente ao qual é exposto, da época e da sociedade na qual está inserido.
Conclusão: Conclui-se que o corpo sempre esteve em uma posição de destaque nas civilizações dentre os inúmeros períodos históricos vividos, independente de qual momento, sempre houve um estereótipo corporal a ser seguido, cultuado e adorado, e a busca por essa conquista continua nos dias atuais.
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