Perfil dos usuários de um centro de atenção psicossocial infantojuvenil da grande São Paulo, Brasil

Autores

  • Patrícia Santos de Souza Delfini LASAMEC
  • Caroline Dombi-Barbosa LASAMEC
  • Felipe Lessa da Fonseca LASAMEC
  • Carlos Mendes Tavares LASAMEC
  • Alberto Olavo Advicula Reis LASAMEC

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19913

Palavras-chave:

saúde mental, unidade pública de saúde, infância, adolescência, perfil dos usuários

Resumo

INTRODUÇÃO: os Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) constituem ponta de lança das ações da Reforma Psiquiátrica Brasileira e têm por finalidade o atendimento de crianças e adolescentes com transtornos psíquicos graves. O objetivo é caracterizar o perfil dos usuários de um CAPSi, considerando sexo, idade, hipótese diagnóstica, origem do encaminhamento, inserção escolar e motivo de consulta. MÉTODO: por meio de um protocolo, foram coletados dados da totalidade de prontuários ativos de uma unidade da Grande São Paulo - cento e três - no mês de janeiro de 2008. RESULTADOS: a maioria dos usuários atendidos está na faixa etária de cinco a quinze anos (68,9%) e é do sexo masculino (61,2%). O grupo de transtornos de comportamento e transtornos emocionais corresponde a 21,4%, seguido pelos transtornos do desenvolvimento global (16,2%) e retardo mental (10,5%). A maioria dos usuários foi encaminhada pelo Conselho Tutelar (22,3%) e tiveram como principal motivo da consulta queixas neuromotoras (17,5%), escolares (15,5%) e sociocomportamentais (14,6%). CONCLUSÕES: o número elevado de crianças com problemas neuromotores pode indicar características específicas da instituição estudada que absorveu pacientes e profissionais de um antigo serviço de reabilitação. O grande número de questões relevantes não encontradas apontam para a falta de padronização dos prontuários.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Organização Mundial da Saúde. Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde, 10a revisão. v. 1. São Paulo: Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português; 1995.

Halpern R, Figueiras ACM. Influências ambientais na saúde mental da criança. J. Pediatr. 2004;80(2):104-110.

Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial da saúde 2001: saúde mental: novas concepções, nova esperança. Lisboa: 2002, p. 208.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de políticas de Saúde. Área de Saúde do Adolescente e do Jovem. Cadernos, juventude, saúde e desenvolvimento, v.1. Brasília, DF, agosto, 1999, 303 p.

Hoffmann MCCL. Perfil demográfico e clínico da clientela atendida nos Centros de Atenção Psicossocial Infanto juvenil(CAPSi) no ano de 2003 [dissertação de mestrado]. Bahia: Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, 2005.

Almeida Filho N, Santana VS, Abnoel l, Jacobina RR. Relações entre a saúde mental dos pais e a saúde mental de crianças em uma população de Salvador-Bahia. Acta Psiquiátr. Psicol. Am. Lat. 1985; 31(3):211-21.

Paula CS, Duarte CS, Bordin IAS. Prevalência de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes da região metropolitana de São Paulo: necessidade de tratamento e capacidade de atendimento. Rev. Bras. Psiquiatr. 2007; 29 (1): 11-17.

Vitolo YLC, Fleitlich-Bilyk RG, Bordin IAS. Crenças e atitudes educativas dos pais e problemas de saúde mental em escolares. Rev. Saúde Pública. 2005;(39):716-724.

Lauridsen EP. Atenção à saúde menta linfantil: um desafio às práticas de saúde- um olhar epidemiológico [dissertação de mestrado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 1998.

Lauridsen-Ribeiro EPP, Tanaka OY. Problemas de saúde mental das crianças: abordagens na Atenção Básica. São Paulo: Annablume, 2005.

The Lancet. Series Global mental health, 2007. Disponível em: url:http://www.thelancet.com/collections/series/mentalhealeth. acesso em 15/4/2008.

Ministério da Saúde. Portaria/GM nº 336de 19 de fevereiro de 2002. Brasília, 2002.

Hoffmann MCCL, Santos DN, Mota ELA. Caracterização dos usuários e dos serviços prestados por Centros de Atenção Psicossocial Infanto juvenil. Cad. Saúde Pública. 2008; 24 (3): 633-642.

Santos DN, Carvalho MM, Pinho MA, Nunes APR. Atendimento em psiquiatria da infância e adolescência em serviços públicos de Salvador. Rev Baiana de Saúde Pública. 2005; v.29 n.1, p.35-42.

Organização Mundial de Saúde. Classificação de Transtornos Mentais e do Comportamento da CID 10. Porto Alegre: Artes Médicas; 1998.

Ministério da Educação (MEC). Conselho Nacional da Educação, 2009.Conselho Site: http://www.deolhonaeducacao.org.br/Comunicacao.aspx?action=5&mID=4108acesso em 01/08/2009.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 2006. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. http://ftp.ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_ 2006/Tabelas/ Acesso em: 16/08/2009.

Schoen-Ferreira TH, Silva DA, Farias MA, Silvares EFM. Perfil e principais queixas dos clientes encaminhados ao Centro de Atendimento e Apoio Psicológico ao Adolescente (CAAA)UNIFESP-EPM. Psicologia em estudo. 2002;7(2): 73-82.

Linhares MBM, Parreira VLC, Maturano AC, Santa’anna SC. Caracterização dos motivos de procura de atendimento infantil em um serviço de psicopedagogia clínica. 1993; Medicina. 26 (2):148-60.

Cabral E, Sawaia SM. Concepções e atuação profissional diante das queixas escolares: os psicólogos nos serviços públicos de saúde. Estudos de Psicologia. 2001;6(2): 143-155.

Assis SM, Avanci JQ, Pesce RP, Ximenes LF. Situação de crianças e adolescentes brasileiros em relação à saúde mental e à violência. Ciência e Saúde Coletiva. 2009; 14(2): 319-361.

Downloads

Publicado

2009-08-01

Edição

Seção

Pesquisa Original