Participação juvenil e promoção da saúde: estratégia de desenvolvimento humano
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.20038Palavras-chave:
participação, promoção da saúde, cidadania, cuidado, juventudeResumo
A participação juvenil tem sido investigada em vários campos do conhecimento. Embora a literatura aborde aspectos relativos às dimensões psicológica, educacional e cívica, a tendência não tem sido a de relacioná-las à perspectiva da saúde. O objetivo é analisar como práticas participativas promovem processos desenvolvimentais saudáveis. Foram consultadas as bases de dados Sage, Scielo, Lilacs e Dialnet e coletados artigos publicados no período de 1999 a 2011. A revisão da literatura articula a participação à promoção da saúde mediante a aprendizagem de competências que engendram o empowerment - preparando o jovem para conduzir sua vida. A participação pode ser entendida como uma socialização consciente e propositiva mediante a qual valores são aprendidos e práticas democráticas são assimiladas facultando a atuação na esfera pública. Enquanto domínio de autopromoção, a participação capacita o jovem à autogestão da vida a partir da constituição do projeto existencial: oportunidade para definir seu modo de ser como estratégia de autocuidado. Conclui-se que a participação conforma um mecanismo formativo que impulsiona uma reflexividade cognoscitiva, mediadora da autonomia e da autoria do jovem.Downloads
Referências
Castro JA, Aquino L. Juventude e políticas sociais no Brasil: texto para discussão n. 1335. Brasília: IPEA; 2008. Capítulo 1. A juventude como foco de políticas públicas; p. 9-22.
Pais JM. Jovens e cidadania. Sociologia, problemas e práticas 2005; 49: 53-70.
Lansdown G. Envolving capacities and participation. Victoria: International Institute for Child Right and Development; 2004. 25 p.
Carvalho SR. Os múltiplos sentidos da categoria “empowerment” no projeto de Promoção à Saúde. Cad Saúde Pública. 2004; 20(4): 1088-1095.
Buss PM. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciênc Saúde Coletiva. 2000; 5(1): 163-177.
Freire P. Pedagogia do oprimido. 48ªed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2005.Capítulo 2. A concepção “bancária” da educação como instrumento da opressão: seus pressupostos, sua crítica; p. 65-87.
Durston J. Limitantes de ciudadanía entre la juventud latinoamericana. Rev Iberoamericana de Juventud. 1996; 1: 84-89.
Cabannes Y. Children and young people build participatory democracy in Latin American cities. Environment and Urbanization 2006; 18(1): 195-218.
Eccles JS, Gootman JA. Community programs to promote youth development. Acta Sociologica 2008; 51(4):355-370.
Syme SL. Social determinants of health: the community as an em powered partner. Prev Chronic Dis 2004;1(1): 1-5.
Mayo M. Children’s and Young people’s participation in developmentin the South and in urban regeneration in North. Progress in Development Studies 2001; 1(4): 279-293.
Castro MG, Abramovay M. Quebrando mitos: juventude, participação e políticas. Perfil, percepções e recomendações dos participantes da 1ªConferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude. Brasília: RI-TLA; 2009.
Vommaro P. Movilización social desde el protagonismo juvenil: experiências de dos organizaciones rurales argentinas. Rev Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud 2010; 9(1): 191-213.
Krauskopf D. Dimensiones críticas enla participación social de las juventudes. In: Balarndini S, coordinador. La participación social e política delos jóvenes en el horizonte del nuevo siglo. Buenos Aires: CLASCO; 2000. p. 119-134.
Corona Caraveo Y, Linares Pontón ME, coordinadoras. Participación infantily juvenil en América Latina. Ciudad de México: UAM; 2007.
Barber BL, Stone MR. Adolescent participation in organized activities. J Adolescent Research 2003;24: 10-43.
Lewis-Charp H, Yu HC, Soukamneuth S, Lacoe J. Extending the reach of youth development through civic activism: outcomes of the youth leadership for development initiative. Oakland: Social Policy Research Associates; 2003.
Olinda EMB. Participação autônoma e solidária: caminho para a constituição do “ser mais” juvenil. In: Olinda EMB, Figueiredo JBA, organizadores. Formação humana e dialogicidade em Paulo Freire. Fortaleza: Editora UFC; 2006. p. 42-62.
Kirshner B. Youth activism as con-text for learning and development. American Behavioral Scientist2007;51(3): 367-379.
Alcalá Hernández A, García Cortés A, Alonso Pérez MJ. “Proyecto Lazarillo”: proyecto socio-educativo de participación juvenil en la comunidad como medida alternativa a la expulsión enel centro de educación secundaria dela comarca de Cuencas Mineras. Trabajo social y salud 2011; 69: 187-198.
Chávez Cerda A, Poblete Núñez L. Acción colectiva y prácticas políticas juveniles. Ultima décad 2006;14(25): 143-161.
Murray C, Hallett C. Young people’s participation in decisions affect tingtheir welfare. Childhood 2000; 7(1):11-25.
Vigotski LS. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes; 1996.
Barber T. Participation, citizenship, and well-being: engaging with young people, making a difference. Young 2009; 17(1): 25-40.
Velho G. Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor; 2003. Capítulo 2. Trajetória individuale campo de possibilidades; p. 31-48.
Ayres JRCM. O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Saúde Soc. 2004; 13(3): 16-29.
Roth J, Brooks-Gunn J, Murray L, Foster W. Promoting healthy adolescents: synthesis of youth development program evaluations. J Research on Adolescence. 1998; 8:423-459.
Simovska V. Student participation in a democratic education perspective: experience from the health-promo-ting schools in Macedonia. Health Education Res. 2004; 19(2):198-207.
Bowns C. The Atelié Acaia: Implementing community solidarity and youth empowerment in São Paulo, Brazil. Children, Youth and Environments. 2007; 17(2): 11-32.
Foucault M. História da sexualidade3: o cuidado de si. 10ª ed. Rio de Janeiro: Graal; 2009.
Bozlak CT, Kelley MA. Youth participation in a community campaign topass a clean indoor air ordinance. Health Promotion Practice 2010;11(4): 530-540.
Ross L. Sustaining youth participation in a long-term tobacco control initiative: consideration of a social jus-tice perspective. Youth & Society2011; 43(2): 681-704.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis