Arranjos espaciais e agrupamentos de crianças pequenas em creches

Autores

  • Renata Meneghini
  • Mara I. Campos de Carvalho Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.38385

Palavras-chave:

agrupamentos imfantis, arranjo espacial, creches, proximidade física.

Resumo

Este trabalho verificou a formação de agrupamentos em duos, trios, quadras e com cinco ou mais elementos, utilizando a mesma coleta de dados do estudo anterior, realizado com crianças de 2-3 anos de duas creches da região de Ribeirão Preto (SP) que atendem famílias de baixa renda. Os dados foram obtidos por duas câmeras fotográficas com funcionamento automático e simultâneo a cada 30 segundos, em três fases: I - arranjo aberto: habitual (4 sessões): II - arranjo aberto: introdução de pequenas estantes de madeira nas laterais (6 sessões); III - arranjo semi-aberto: montagem de duas zonas circunscritas (6 sessões). Proximidade física (distância de até 1 m) foi utilizada para registrar os agrupamentos, verificando-se: (1) maior estruturação espacial acarreta acréscimo na ocorrência de agrupamentos entre crianças e redução daqueles com o adulto; (2) maior freqûência de díades; (3) maior ocorrência de agrupamentos. especialmente com três ou mais crianças, em áreas mais estruturadas de cada fase. Salienta-se a importância do arranjo espacial na formação de agrupamentos infantis e no planejamento de ambientes infantis coletivos.

Biografia do Autor

  • Renata Meneghini
    Bolsista de iniciação Cientifica do CNlPq
  • Mara I. Campos de Carvalho, Universidade de São Paulo
    Profa. Dra. do Depto. de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto USP. Depto. de Psieologia e Edueação - Faeuldade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirào Preto Universidadc dc São Paulo.

Referências

Bronfenbrenner U. Toward an experimental ecology of human development. Am. Psychol. 513-531, 1977.

Bronfenbrenner U, Crouter AC. The evolution of environment modes in development research. In: Mussen PH. Ed. Hand book of child psychology. New York: Wiley, V. l, p. 358-414, 1983.

Camaioni LL. Interacione trabambini. Roma, Armando Ammando, 1970.

Campos-de-Carvalho MI. Organização espacial da área de atividades livres em creches. In: 18ª Reunião Anual de Psicologia da Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto (SP), 1988. Anais Ribeirão (SP),1989, p. 305-310.

Campos-de-Carvalho MI. Psicologia ambiental - algumas considerações. Psicol. Teor Pesq, 2: 435-447, 1993.

Campos-de-Carvalho MI, Meneghini R, Mingorance RC. Arranjo espacial e formação de pares entre crianças de 2-3anos em creches. Psicol, 27(2): p. 117-137,1996.

Campos-de-Carvalho MI, Rossetti Ferreira MC. Importance of spatial arrangements for young children in day carecenters. Child Environ. 10: 19-30, 1993.

Campos-de-Carvalho MI, Rubiano MRB. Organização do espaço em instituições pré-escolares. In: Oliveira ZMR. Org. Educação infantil, mudos olhares. São Paulo, Editora Cortez, 3ªed., 1996a. p. 107-130.

Campos-de-Carvalho MI, Rubiano MRB. Rede social de crianças pequenas em creche: análise por proximidade fisica e atividade compartilhada. Psicol. Teor. Pesq. 12(2):129-136, 1996b.

Carvalho AMA. Seletividade e vínculo na internação entre crianças. São Paulo, 1992. [Tese de livre-docência - instituto de Psicologia da USP].

Eckerman CO, Stein MR. The toddler’s emerging interactive skills. In: Rubin KH, Ross HS. Eds. Peer relationship and so-cial skills in childhoad. New York, Springer-Verlag, 1982. p. 41-71.

Hinde RA, Roper R. Componement social dans un groupe de jeu: I’incidence des relationsd’égal àégal. Bul. Psychl. 16 (383): 280-290,1985.

Homberg MC. The development of social interchange patterns from 12 to 42 months. Child Dev. 51: 448-456, 1980.

Legendre A. Appropriation por les enfants del’environment architectural. Enfance 3: 389-395, 1983.

Legendre A. Transformation de l’espaced’activites et échanges sociaux de jeunesenfants en crèche. Psychol. Francaise, 32: 31-43, 1987.

Legendre A. Young children’s social competences and their use of space in day-care centers. In: Schneider BH, Attili G, Nadel J, Weissberg R. Eds., Social competence in developmental perspective. Holland, Kluwer, 1989, p. 263-276.

Legendre A, Fontaine AM. The effects of visual boundaries in two-year-olds playrooms. Child. Environ. Q. 8: 2-16, 1991.

Mingorance RC, Campos-de-Carvalho MI. Distribuição espacial de crianças de 2-3 anos pela arca de atividades livres em creche. Rev. Interam. Psicol. 1993.

Moore GT. Effects of the definition ofbehavior settings on children s behavior: Aquasi-experimental field study. J. Environ. Psychol. 6: 205-231, 1983.

Moore GT. The physical environment and cognitive development in day care centers. In: Weinstein CS, David TG. Eds. Spaces lor children: the built environment and child development. New York, Plenum, 1987,p. 41 -72.

Mueller E, Lucas T. A developmental analysis of peer interaction among toddlers. In: Lewis M, Rosenblum LA. Eds. Friendship and peer relations. New York, Wiley, 1975, p. 223-257.

Pedrosa MI, Falcão MT. Play structures as cues to the transformation of the social space in young children. In: XII Biennial Meetings of Title International Society for the Study of Behavioural Development. Recife, Brazil, July,1993.

Rossetti-Ferreira MC. O apego e as reações da criança à separação da mãe. Cad. Pesq. 48: 3-19, 1994.

Rubiano MRB, Rossetti Ferreira MC. Interacción y juegos en las guarderias, el papel de la organización espacial. Rev. Latinoam. Psycol. 27(3): 429-450, 1995.

Stambak M, Verba M. Organization of social play among toddlers: An ecological approach. In: Mueller EC, Cooper CR. (Eds.). Process and outcome in peer relationship. Orlando, Acadermic press; p. 229-247.

Stokols D. Environmental psychology. Annual Rev. Psychol. 29(1):253-295, 1978.

Valsiner J. Culture and the development of childrens action – a cultural-historical theory of developmental psychology. New York: Wiley, 1987.

Vitória T. Representações de educadores sobre as mães e famílias das crianças da creche. Ribeirão Preto, 1997. [Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP].

Wohlwill JF. The confluence of environmental and developmental psychology: Signpost to an ecology of development? Hum. Dev. 23: 354-358, 1080.

Wohlwill JF, Heft H. The physical environment and the development of the child. In: Stokols D, Altman D. Eds. Handbook of environlmental psychology. New York, Wiley, 1987, p. 281-378.

Downloads

Publicado

1997-06-19

Edição

Seção

Original/Atualização