Brincadeiras populares, movimentos sociais e formação da consciência crítica: reflexões sobre uma experiência
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.39684Palavras-chave:
brincadeiras populares, movimentos sociais, comunidade, intervenção.Resumo
Acompanhar o desenvolvimento de crianças e adolescentes em seu contexto de vida tem sido uma forma de trabalho do psicólogo que atua diretarnente na comunidade. As contingências das sociedades contemporâneas têm incidido sobre o relacionamento das crianças em espaços públicos: as crianças pouco brincam e com isto têm comprometidas suas capacidades de interação e consciência critica, principalmente para o exercício da cidadania e para a busca pela qualidade de vida. Este trabalho teve como objetivo observar como este movimento se instalava em uma comunidade de risco com vistas à reconquista do espaço público pelas crianças e às reflexões sobre a qualidade de vida deste grupo especifico. Foi desenvolvido através do contato semanal com 30 crianças de 3 a 15 anos de idade, em três etapas de trabalho e durante nove meses. A primeira etapa procurou chamar a atenção da população para a importância de uma praça no bairro a ser construída com a participação da população em cooperação com a prefeitura e a universidade; a segunda visou o chamamento geral de crianças para a manutenção, sobretudo da limpeza, no bairro; a terceira destinou-se a contatos com brincadeiras coletivas. As crianças demonstraram interesse na participação neste tipo de atividade aproveitando a oportunidade para trazer elementos de sua vida pessoal. O trabalho necessita ter um acompanhamento melhor e mais constante para que as crianças e a comunidade possam incorporar os movimentos dele decorrentes no cotidiano de suas vidas. A descontinuidade de políticas públicas envolvendo a proteção a crianças destas comunidades afeta diretamente a manutenção destes movimentos sociais.Downloads
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