PERCURSOS METODOLÓGICOS PARA A APREENSÃO DE UNIVERSOS DE ADOLESCENTES E JOVENS: UM ENFOQUE SOBRE A QUESTÃO DAS DROGAS*

Autores

  • Paulo Estevão Pereira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), CAPESReUni.
  • Ana Paula Serrata Malfitano Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Carlos UFSCar.

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.46575

Palavras-chave:

adolescente, terapia ocupacional, pesquisa qualitativa, métodos.

Resumo

Introdução: o tema drogas vem ganhando relevância especialmente em relação às juventudes pobres, identificadas como em maior vulnerabilidade a esta questão. No entanto, ações propostas, especialmente pelos serviços de saúde, têm se mostrado limitadas em atender a demandas específicas dessa população, traduzindo-se na baixa adesão aos serviços. Decorre de que o emprego de metodologias de pesquisa baseadas apenas em dados clínicos, estatísticos e/ou epidemiológicos, no estudo das juventudes pobres, não é suficiente para apreender os contextos sociais diversos, suas vivências singulares, tampouco sua compreensão acerca dos fenômenos que vivem, exigindo metodologias mais apropriadas. Objetivo: discutir o uso de metodologias de pesquisa participativas na apreensão dos universos juvenis. Método: utilizou-se dados de uma pesquisa qualitativa entre jovens pobres, frequentadores de um Centro da Juventude, no interior do Estado de São Paulo, empregando como recursos metodológicos: observação participante durante nove meses; entrevistas com nove jovens, ambos os sexos, entre 15 e 29 anos, e realização de oficinas de atividades, com as temáticas da pesquisa. As contribuições da Terapia Ocupacional Social constituíram o embasamento teórico do estudo. Resultados: o emprego de metodologias participativas na apreensão do universo dos sujeitos estudados nos permitiu acessar conteúdos e significados sobre a visão deles acerca das drogas. Discussão: a temática das drogas e sua inserção no cotidiano de jovens pobres aparecem carregadas de nuances não percebidas, ou não acessadas pelos serviços, levando-nos a considerar a necessidade de apreender a experiência juvenil de uma perspectiva ampliada, se quisermos fazer frente a tais questões.

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Biografia do Autor

  • Paulo Estevão Pereira, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), CAPESReUni.
    Terapeuta ocupacional, Especialista em Saúde Pública com ênfase em Saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mestre em Terapia Ocupacional pelo Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), bolsista CAPESReUni.
  • Ana Paula Serrata Malfitano, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Carlos UFSCar.

    Terapeuta Ocupacional, Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, Professora Adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional e do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos  UFSCar.

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Publicado

2012-10-31

Edição

Seção

Artigos Originais