SORRISO EM BEBÊS: REAÇÃO À FACE HUMANA E A VÁRIOS TIPOS DE DEGRADAÇÕES DESTE ESTÍMULO

Autores

  • Emma Otta Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Cristina Obara Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Renata Bonilha Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Cintia Akamine Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Ana Cristina Bortoletto Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Mário Pedrazzoli Neto Departarnento de Psicobiologia da Faculdade Paulista de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.49715

Resumo

face humana é um objeto privilegiado de percepção visual desde muito cedo no desenvolvimento.O objetivo do nosso trabalho foi investigar as alterações que ocorrem na reação a este objeto especial, aolongo do desenvolvimento inicial. Comparou-se a reação de bebês de quatro (n = 6), seis (n = 10) e novemeses (n = 11) aos seguintes tipos de estímulos: (a) rosto inteiro em posição frontal; (b) metade inferior dorosto, estando a superior tampada; (c) metade superior do rosto, estando a inferior tampada; (d) máscara deplástico, aderente à pele, com feições monstruosas. Cada estímulo era apresentado durante 60 segundos,registrando-se o tempo de sorriso e a ocorrência ou não de choro. Os bebês de nove meses sorriram durantemenos tempo (md = 2 seg) que aqueles de quatro (md = 9 seg) ao rosto todo (teste de Mann-Whitney,U = 16,0, p < 0,05), não havendo diferença entre os de seis e de nove meses. Na faixa etária menor, o rostointeiro desencadeou mais sorriso que a parte inferior do rosto (teste de Wilcoxon, T = 0,0, p < 0,05), nãohavendo diferença nas respostas ao rosto inteiro e à parte superior do rosto apenas (T = 24,0, p > 0,05). Esteresultado está de acordo com a conclusão de Spitz (1965) de que o sorriso em bebês pequenas é desencadeadopor um sinal gestáltico, que consiste numa parte circunscrita da face. Ele não reconheceria de fato oparceiro humano, mas apenas perceberia o sinal gestáltico da testa, olhos e nariz. Curiosamente, no entanto,não se encontrou diferença significativa no tempo de sorriso dos bebês de quatro e de nove meses emresposta à face de monstro.

Biografia do Autor

  • Emma Otta, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
    Professora-Doutora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo; Bolsista do CNPq
  • Cristina Obara, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
    Aluna de Graduacão do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Renata Bonilha, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
    Aluna de Graduacão do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Cintia Akamine, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
    Aluna de Graduacão do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Ana Cristina Bortoletto, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
    Mestranda do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Mário Pedrazzoli Neto, Departarnento de Psicobiologia da Faculdade Paulista de Medicina
    Mestrando do Departarnento de Psicobiologia da Faculdade Paulista de Medicina - Departamento de Psicologia Experimental

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Publicado

1992-12-09

Edição

Seção

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