Cena e cenografia no Íon de Eurípides

Autores

  • Adriane da Silva Duarte Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v18i1p35-50

Palavras-chave:

écfrase, tragédia grega, Eurípides, Íon

Resumo

Eurípides destaca-se entre os poetas trágicos pelo amplo emprego que faz de elementos visuais em sua poesia, valendo-se da écfrase. Em Íon dois momentos evidenciam essa qualidade, a descrição que o coro faz da fachada do templo de Apolo em Delfos, no párodo (184–221), e o relato do mensageiro, em que se narra o atentado à vida do herói homônimo (Íon, v. 1122–28). Concentrarei minha análise sobre esse última buscando demonstrar que Eurípides quis apresentar esta ação como se se tratasse de uma peça dentro da peça. O mensageiro emprega um vocabulário que remete aos termos técnicos do teatro e seu principal personagem, Íon, surge a uma só vez como ator, diretor e cenógrafo do drama que se desenrola longe dos olhos do público, mas ao alcance de seus ouvidos.

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Publicado

2014-08-02

Edição

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Artigos

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