Partindo da premissa de que a forma mais representativa de carnaval é brasileira, este texto propõe a discussão de até que ponto a canção Vai Passar traduz a visão carnavalesca de mundo, libertária e regeneradora, encontrada em Rabelais e estudada por Bakhtin (1988/1970): inversão da ordem estabelecida, rebaixamento de valores, destituição do sagrado, celebração do renovável e dinâ mico, função do riso e do tempo e seu sistema de imagens. A partir dessa análise, tecem-se considerações sobre a manifestação carnavalesca sugerida pela canção, os desfiles de escolas de samba, comparados ao carnaval da Idade Média e Renascimento
Biografia do Autor
Elizabeth Harkot La Taille
Doutora pelo Departamento de Lingüística da FFLCH/USP