Essa contribuição trata da questão da voz, dentro da escritura litéraria notadamente, sob duas perspectivas diferentes mas complementares pois elas participam na construção do sentido. Apoiando-se no conceito da oralidade elaborado por Meschonnic, a primeira perspectiva distingue o ssentido dado do sentido em formaçao para reparar os desdobramentos e até as tensões contraditórias. A segunda perspectiva procura ver em que medida a intonaçao, virtual ou atual, é constitutiva do sentido e solicita o ouvido até o ponto de transformar o texto num universo auditivo