O papel da narrativa na construção da identidade do sem terra é o tem a central deste trabalho. O processo de narrar envolve a possibilidade de se construir um a identidade para si mesmo. No caso do MST, esse é um artifício importante para que o movimento apresente - tanto para os próprios sem-terra quanto para a sociedade como um todo - um a imagem diferente daquela que é proposta, e às vezes imposta, por grupos dominantes, normalmente identificados como seus adversários. Trata-se de instituir contra-narrativas que vão nortear não apenas a auto representação, m as também as ações dos sem-terra. Ao fazê-lo, a identidade que o movimento busca construir tanto pode assentar-se sobre atributos retirados da tradição - e reforçar, portanto, tendências puristas - quanto instituir a diferença como um de seus elementos fundamentais. Parte importante dessa análise é a postura que o movimento assume em relação a manifestações linguísticas e culturais com base em textos retirados de suas mídias virtuais e impressas
Biografia do Autor
Vanderlei J. Zacchi, Universidade Federal de Sergipe