O objetivo deste trabalho é destacar na linguagem de Machado de Assis, no romance Quincas Borba, os aspectos que lhe imprimem uma tonalidade coloquial em contraposição a outros que justificam seja ela considerada padrão da modalidade culta do português. Como o narrador se dirige diretamente ao leitor, através de vocativos, interpelações, exclamações ou imperativos, há uma simulação de conversa que serve de pano de fundo à intriga romanesca. Mas essa fala do narrador bem como os diálogos travados pelas personagens não chegam a fugir das normas da língua culta ministradas pela gramática portuguesa. Todo o texto examinado é um modelo de elaboração literária, não obstante o tom de simplicidade que o impregna
Biografia do Autor
Nilce Sant’Anna Martins, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas
Professora no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, FFLCH, USP