Modernidades “periféricas”, literaturas policêntricas: Dostoiévski, Machado de Assis e o “figurino” europeu
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i24p44-67Palavras-chave:
Literatura Russa, Modernidade, Dostoiévski, Machado de AssisResumo
F. Dostoiévski e Machado de Assis reelaboraram, através da literatura, os contextos históricos de países que se modernizavam combinando influências estrangeiras às próprias tradições. A partir dos anos 1880 a literatura russa passou por processo de grande difusão internacional, multiplicando-se a influência das obras dostoievskianas, inclusive no Brasil. Neste contexto, a produção literária de um país considerado “periférico” em relação aos centros industriais europeus transportou-se das “margens” – simbólicas e fronteiriças – para ocupar lugar de destaque no “centro” da modernidade oitocentista. O artigo defende que a modernidade, enquanto processo histórico amplo, não guarda “centros” estáticos, mas engloba grande variedade humana em múltiplos diálogos.