A arte verbal e não verbal em 1930: a parceria a entre Arnaldo Tabayá e Cornelio Penna
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2025.236346Palavras-chave:
Arnaldo Tabayá, Cornelio Penna, Ilustração, Xilogravura, ParceriaResumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar as particularidades da parceria entre dois nomes importantes do Romance de 1930: Arnaldo Tabayá e Cornélio Penna. Embora também fosse se destacar como escritor em 1935, Penna colaborou com Tabayá como artista visual, ilustrando a capa do livro Badu, publicado pela Editora Guanabara, e o conto “A dama de negro”, publicado no jornal A Nação, em 1932 e 1933, respectivamente. É possível observar como os dois se complementam, a arte de um contribuindo para a expressão da arte do outro. Mesmo produzindo de acordo com as narrativas de Tabayá, é possível traçar uma certa evolução da arte de Penna no decorrer dos anos e de acordo com contextos do mundo artístico da época. Para entender as particularidades de Cornélio Penna enquanto artista plástico, contaremos com as considerações de Alexandre Eulalio (1980) e pesquisas acerca de seus projetos e cadernos de ilustrações, de acordo com o catálogo do acervo da Fundação Casa de Rui Barbosa (2023) e Caderno de Pinturas e Desenhos, de Cornélio Penna, publicado pela Faria e Silva Editora, em 2020. Para considerações sobre vida e obra de Arnaldo Tabayá, foi feita uma extensa pesquisa na Hemeroteca Digital, que, para esse trabalho, rendeu a descoberta de um conto ilustrado por Penna e uma crítica feita por Tabayá sobre o primeiro romance de Penna, Fronteira (1935).
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