Ficção, escrita, leitura

Autores/as

  • Samira Murad Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i29p11-19

Palabras clave:

leitura literária, ficcionalidade, crítica genética, Perec, Proust

Resumen

O artigo busca fazer algumas considerações sobre como as representações da leitura literária e da ficcionalidade, pensadas no âmbito da teoria literária, podem impactar o estudo da escrita realizado pela crítica genética. Para isso, organizaremos o texto em três partes. Na primeira, faremos algumas considerações sobre duas teorias da leitura (Umberto Eco; Wolfgang Iser) e uma teoria da ficcionalidade (Iser), destacando seus pontos mais importantes.  A seguir, tentaremos explicar como e por que, no desenvolvimento da crítica genética na França, tais questões foram ativamente afastadas do escopo da disciplina, o que criou um descompasso entre as preocupações da teoria literária e da crítica genética e resultou, no Brasil, no desenvolvimento de uma prática genética renovada. Na esteira dessas renovações, em terceiro e último lugar, tentaremos delinear algumas intersecções possíveis entre aspectos da leitura literária e da ficcionalidade e a análise genética. 

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Referencias

ECO, U. Lector in fabula. São Paulo: Perspectiva, 2004.

FALCONER, G. Où sont les etudes génétiques littéraires. Texte – revue de critique et théorie littéraire, Toronto, n.7, Les editions Trintexte, 1988, pp. 267-286.

HAY, L. Critiques de la critique génétique, Genesis, Paris, n.6, Jean Michel Place, 1994.

ISER, W. The act of reading. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1984.

ISER, W. O fictício e o imaginário. Rio de Janeiro: Eduerj, 1996.

JAUSS, H.R . “Production et réception: le mythe des frères ennemies”. IN : HAY, L. (org.) La naissance du texte. Paris: Jose Corti, 1989.

LEBRAVE, J.L. “Crítica genética – uma nova disciplina ou um avatar moderno da filologia?”. In: ZULAR, R. (org.) Criação em Processo. São Paulo: Iluminuras, 2002, p. 97-146.

LEJEUNE, P. La mémoire et l’oblique. Paris: P.O.L, 1991.

PEREC, G. W ou le souvenir d’enfance. Paris: Denoel, 1976.

PINO, C. A.; ZULAR, R. Escrever sobre escrever. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

PROUST, M. Cahier 15, NAF 16655. http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b6000481h.r=NAF+16655.langFR

PUGH, A. The growth of A la recherche du temps perdu – a chronological examination of Proust’s manuscripts from 1909 to 1914. Toronto: Toronto University Press, 2004. 2 vols.

Publicado

2015-03-24

Número

Sección

Ateliê

Cómo citar

Murad, S. (2015). Ficção, escrita, leitura. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 29, 11-19. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i29p11-19