Cadernos de dor: o indizível das dores nas páginas de diários íntimos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i33p49-60Palabras clave:
Diário, Dor, Ilegível, Frida Kahlo, Roland Barthes.Resumen
A investigação dos registros íntimos, já carregada de sentidos múltiplos, torna-se ainda mais rica quando se depara com relatos das dores de seus autores. Seja física seja emocional, a dor carrega consigo um caráter indizível e, conforme lembra a pesquisadora estadunidense da dor Elaine Scarry (1987), de destruição da linguagem. A tradução da dor no papel realiza-se por meio de palavras ou imagens, que são insuficientes, mas buscam aproximar-se ao máximo do sentimento original, mas deixam para trás uma carga afetiva ilegível. Entendendo a limitação de toda linguagem, não só no que tange à dor, e compreendendo o ilegível como algo que complementa a compreensão do texto, como lembra Jacques Derrida (1986), este trabalho pretende analisar brevemente dois diários, a saber, o do crítico Roland Barthes (1915-1980) e o da pintora mexicana Frida Kahlo (1907- 1954), ambos lidam, respectivamente, com o luto da perda da mãe e as dores crônicas de todo uma vida.
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Derechos de autor 2017 Manuscrítica. Revista de Crítica Genética

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