Fragmentação e contingência: o processo criativo em El rufián moldavo de Edgardo Cozarinsky
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i32p74-87Palavras-chave:
Edgardo Cozarinsky, El rufián moldavo, Processo Criativo.Resumo
A proposta deste artigo é o estudo do processo criativo em El rufián moldavo (2004), primeiro romance do escritor e cineasta argentino Edgardo Cozarinsky (1939). O corpus desta pesquisa constitui-se das páginas iniciais do manuscrito do romance, uma edição do romance (publicada pela Seix Barral) e uma seleção de artigos publicados pelo escritor em revistas portenhas entre as décadas de 1950 e 1960. A hipótese de pesquisa desenvolvida neste trabalho propõe que, para além de uma simples temática, a fragmentação é uma engrenagem central no processo criativo de Edgardo Cozarinsky, pelo que ela possibilita no sentido de criar tensões e deslocamentos. Mesmo se tratando de um romance, o escritor não parte da fábula ou de características dos personagens para desenvolver a história, mas sim dos dispositivos e ambivalências que atravessam a existência desses personagens. Essa concepção do processo criativo em Cozarinsky passa pela problematização do conceito de ficção, que já não diz respeito somente ao que é narrado (fábula), mas à máquina narrativa.
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