As cartas como depoimentos de recepção de Motivos de Proteo: José Enrique Rodó e seu processo criativo em diálogo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i50p44-63Palavras-chave:
Correspondências, José Enrique Rodó, Motivos de Proteo, ArquivoResumo
Este texto analisa o epistolário do escritor uruguaio José Enrique Rodó (1871-1917), conservado no Arquivo Rodó, na Biblioteca Nacional del Uruguay (BNU). Concentrando a análise nas correspondências passivas que giraram em torno da obra Motivos de Proteo (1909). O formato do livro foi concebido pelo autor como aberto, processual e inconcluso. Para tanto, em sua concepção inicial, as correspondências enviadas e recebidas por ele, serviram como oficinas de escrita, pois foram indispensáveis para sedimentar a forma dialógica e contínua. O texto foi difundido por meio das cartas trocadas com diversos autores localizados em muitas partes do mundo, principalmente do continente Latino-Americano. Nossa proposta foi localizar nas correspondências passivas os impactos iniciais ressaltados por seus leitores, e como as críticas e observações tecidas podem ser tomadas como fundamentais para a fortuna crítica do livro. Concluímos que o amplo percurso que a obra percorreu muito se deveu ao esforço artesanal do seu autor em divulga-la e manter o diálogo epistolográfico como fundamental em seu processo criativo, ademais ressalta-se a possibilidade de as cartas serem lidas como extensão ou diversificação da crítica literária.
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