De Ciccillo Matarazzo a Mário Pedrosa: uma mensagem de Ano Novo e o fim das Bienais do MAM

Autores

  • Thiago Gil Virava Fundação Bienal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i50p284-292

Palavras-chave:

Mário Pedrosa, Correspondência, Museu de Arte Moderna

Resumo

O presente artigo introduz e contextualiza a transcrição de uma correspondência do crítico de arte Mário Pedrosa ao empresário Francisco Matarazzo Sobrinho, enviada durante o processo que levou à autonomia das Bienais de São Paulo em relação à instituição que lhes deu origem, o Museu de Arte Moderna de São Paulo. Escrita no calor do momento, um dia após o encerramento da 6ª Bienal, que teve a direção artística de Pedrosa, a divulgação da correspondência ganha relevância na medida em que a compreendemos como uma peça dentro de um quebra-cabeças documental que releva as inúmeras articulações políticas realizadas para que o processo de autonomia das Bienais fosse levado à cabo. As consequências de tal processo, porém, eram percebidas de forma distinta por Pedrosa e Matarazzo Sobrinho, fato que pode ser lido nas entrelinhas do bilhete aqui apresentado.

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Biografia do Autor

  • Thiago Gil Virava, Fundação Bienal de São Paulo

    Mestre e Doutor em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2012 e 2018), na linha de pesquisa Teoria, História e Crítica de Arte. É autor dos livros Uma Brecha para o Surrealismo (Alameda, 2015) e Um boxeur na arena: Oswald de Andrade e as artes visuais no Brasil (Edições Sesc/Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, 2023). Colaborou com ensaio para o catálogo da mostra GROUP DYNAMICS - Collectives of the Modernist Period (Lenbachhaus, Munique, 2022). É pesquisador na Fundação Bienal de São Paulo desde 2013, onde atualmente ocupa o cargo de Coordenador da equipe de Educação. Pós-doutorando junto ao Programa de Pós-Graduação de Ciências da Literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

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Publicado

2023-11-13

Como Citar

Virava, T. G. (2023). De Ciccillo Matarazzo a Mário Pedrosa: uma mensagem de Ano Novo e o fim das Bienais do MAM. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 50, 284-294. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i50p284-292