Materialidades e imaginários contemporâneos do arquivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i55p121-133

Palavras-chave:

Arquivo expandido, Materialidade, Processo de criação, Manuscritos, Literatura exposta

Resumo

A manifestação por momentos quase ostensiva do arquivo ou de elementos que, de uma ou outra maneira, o representa parece um traço distintivo de nossa época, que se soma a um uso pletórico e muitas vezes deslocado deste termo. Mas quais são as implicâncias simbólicas de postular algo como “arquivo”, e de privilegiar a materialidade sobre a textualidade? A partir destas preguntas refletirei sobre algumas questões relacionadas com os imaginários e a materialidade do arquivo tal como costumamos entendê-lo hoje em dia: um arquivo expandido e de contornos cada vez mais difusos, ambiguamente oscilante entre sua materialidade física e a presença projetiva ou imaginária sobre a que se acomoda.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mariana Di Ció, Université Sorbonne Nouvelle

    Doutora em Estudos Hispânicos e Hispano-americanos pela Universidade Paris 8, é professora de Literatura Latino-americana na Universidade Sorbonne Nouvelle. Em 2014, publicou Une calligraphie des ombres. Les manuscrits d’Alejandra Pizarnik (Paris: Presses Universitaires de Vincennes) e, em 2018, editou a correspondência em francês entre Pizarnik e André Pieyre de Mandiargues (Paris: Ypsilon). Em colaboração com Daniel Balderston, editou uma conferência inédita de Jorge Luis Borges sobre Gustave Flaubert (Pittsburgh: Borges Center, 2019), assim como fez parte da equipe que trabalhou com os documentos de trabalho de Juan José Saer e estudou os manuscritos de El Paraiso Es Vazio, de Raúl Zurita, para a Coleção Archivos.

  • Katerina Blasques Kaspar, Universidade de São Paulo

    Doutoranda em Letras Estrangeiras e Tradução no Programa de Pós-Graduação em Letras Estrangeiras e Tradução da Universidade de São Paulo.

Referências

BORGES, Jorge Luis, “La supersticiosa ética del lector” (1930), in Obras completas, Buenos Aires, Emecé, 1974, p. 202-205.

CAIMARI, Lila, La vida en el archivo: Goces, tedios y desvíos en el oficio de la historia, Buenos Aires: Siglo XXI, 2017.

BIASI, Pierre-Marc de, “Qu’est-ce qu’une rature”, in Ratures et Repentirs, (5ème colloque du cicada, Université de Pau, 1-3 décembre 1994) textes réunis par Bertrand Rougé, Publications de l'Université de Pau, 1996, pp. 17-47.

DIDI-HUBERMAN, Georges : “Atlas: ¿cómo llevar el mundo a cuestas?”, Museo Nacional de Arte Reina Sofía (Madrid, 26 de noviembre 2010- 28 de marzo 2011), en colaboración con Sammlung Falckenberg (Hamburgo, 30 de setiembre – 27 de noviembre 2011) y ZKM / Museum für Neue Kunst (Karksruhe) (7 de mayo-7 de agosto 2011).

ENWZROR, Okwi, Archive Fever. Uses of the Document in Contemporary Art, New York, International Center of Photography, Steidl, 2008.

FARGE, Arlette Farge, Le goût de l’archive, Paris, Seuil, 1989.

Ferreira Zacarias, Gabriel ; Heimendinger, Nicolas, « Entretien avec Hal Foster », in Marges. Revue d’art contemporain, 25 : Archives, 2007, p. 140-145. https://journals.openedition.org/marges/1329

GIUNTA, Andrea, Objetos mutantes. Sobre arte contemporáneo, Buenos Aires, Palinodia, 2010.

HAY, Louis, “L’écriture vive”, in Les manuscrits des écrivains, Louis Hay (dir.), Paris, CNRS-Éditions Hachette, 1993, p. 10-32.

HERSCHBERG-PIERROT, Anne, “Les notes de Proust”, in Genesis (Manuscrits-Recherche-Invention), numéro 6, 1994. Enjeux critiques, pp. 61-78; DOI: https://doi.org/10.3406/item.1994.977

https://doi.org/10.3406/reso.1994.2439

LEVRERO, Mario, El discurso vacío (2007), Barcelona, Debolsillo, 2009, p. 36.

LOIS, Élida, “La crítica genética y la salvaguarda de la inscripción de la memoria escritural latinoamericana”, in Lo que los archivos cuentan 1, Biblioteca Nacional del Uruguay, 2012, p. 13-29.

MOLLOY, Sylvia, Poses de fin de siglo. Desbordes del género en la modernidad, Buenos Aires, Eterna Cadencia, 2012.

PUCCI, Emilio; Méadel, Cécile. “La transmission par fac-similé : Invention et premières applications”; in Réseaux, volume 12, n°63, 1994. Télévision et débat social, pp. 125-139;

ROSA, Hartmut, Accélération. Une critique sociale du temps, traduit de l'allemand par Didier Renault, Paris, La Decouverte, 2016.

ROSENTHAL, Olivia ; Ruffel, Lionel : « Introduction », Littérature 2018/4 N° 192, p. 5.

RUFFEL, David, « Une littérature contextuelle », in « La Littérature exposée. Les écritures contemporaines hors du livre », Littérature, 2010/4, n° 60, 61-73.

VALÉRY, Paul, “Présentation du ‘Musée de la littérature’”, Œuvres, t. II, édition établie et annotée par Jean Hytier, Paris, Gallimard, (1960), 1993, Bibliothèque de la Pléiade, p. 1145-1149.

Downloads

Publicado

2025-05-19

Como Citar

Di Ció, M. (2025). Materialidades e imaginários contemporâneos do arquivo (G. . Vasconcelos & K. B. Kaspar , Trads.). Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 55, 121-133. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i55p121-133