“Faminta de sua essencialidade”: o processo de construção das personagens hilstianas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i56p%25pPalavras-chave:
Manuscritos; construção de personagens; essencialidade; Hilda Hilst.Resumo
O presente trabalho parte da investigação dos manuscritos de Hilda Hilst com o enfoque voltado para a perspectiva da construção das personagens. Tais manuscritos encontram-se salvaguardados no Centro de Documentação Alexandre Eulálio (CEDAE), localizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No exame dos seus documentos de processo, verifica-se que existe um mesmo fio condutor que conecta a elaboração de diferentes personagens das suas narrativas: a busca de natureza ontológica ou de uma “essencialidade”. Tendo em vista o recorte em questão, é possível percorrer as linhas errantes da escrita hilstiana, a exemplo das citações diretas de livros, das sistematizações de estudos com o intuito de pesquisa, dos esboços com expressões ou trechos soltos utilizados em narrativas, das anotações acerca da construção das personagens. Em específico, importa assumir um olhar privilegiado a respeito da construção das personagens, sobretudo das que integram a prosa de ficção publicada na década de 80: Tu não te moves de ti (1980) e A obscena Senhora D (1982).
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