Povo versus bloco de poder
elementos para análise dialógica da identidade nacional
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v10i3p125-142Palavras-chave:
Nacionalismo, polifonia, dialogia, protestos de 2013 no BrasilResumo
O objetivo deste texto é apresentar, a partir de Stuart Hall, ferramentas cognitivas capazes não só de compreender a dimensão ontológica das manifestações nacionalistas brasileiras, como também de enfocá-las segundo uma análise dialógica ou discursiva. Longe de querer fixar seu pensamento, ora delimitando-o em uma escola (Estudos Culturais), ora restringindo sua aplicação à esfera do midiático, o que se procura aqui é a possibilidade interpretativa de seus conceitos a uma abrangência de temas relacionados à questão da identidade nacional.
Downloads
Referências
ANDERSON, B. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
APÓS reeleição de Dilma, eleitores do nordeste são atacados nas redes sociais. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 out. 2014. Disponível em: <http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,apos-reeleicao-de-dil-ma-eleitores-do-nordeste-sao-atacados-nas-redes-sociais,1583393>. Acesso em: 17 nov. 2016.
DEBRUN, M. A identidade nacional brasileira. Revista Estudos Avançados, São Paulo, v. 4, n. 8, p. 39-49, abr. 1990.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2001.
______. A hermenêutica do sujeito. Tradução Márcio A. da Fonseca; Salma Muchail. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva e Guaracira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
______. Da diáspora: identidade e mediações culturais. Tradução Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
______. Quem precisa da identidade? In: SILVA, T. T. (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 103-133.
______. The Kilburn manifesto: our challenge to the neoliberal victory. The Guardian, London, 12 abr. 2013. Disponível em: <http://www.theguar-dian.com/commentisfree/2013/apr/24/kilburn-manifesto-challenge--neoliberal-victory>. Acesso em: 17 nov. 2016.
HENKE, K. Postmodern authenticity and the hipster identity. Forbes & Fifth, Pittsburgh, v. 3, n. 2, p. 115-129, 2013.
HOBSBAWM, E. J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
MARTÍN, M. Não é uma banda de indie-rock, é a vanguarda anti-Dilma. El País, São Paulo, 12 dez. 2014. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/12/politica/1418403638_389650.html>. Acesso em: 17 nov. 2016.
MASSEY, D. After the Neoliberalism? Introduction to the Kilburn Manifesto. Open Democracy, 21 June 2013. Disponível em: <https://www.open-democracy.net/ourkingdom/doreen-massey/after-neoliberalism-intro-duction-to-kilburn-manifesto>. Acesso em: 17 nov. 2016.
ODILLA, F.; MOTTA, S. PF vai investigar usuários que ofenderam nordes-tinos após eleição. Folha de S. Paulo, São Paulo, 3 nov. 2014. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/11/1542755-pf-vai-in-vestigar-usuarios-que-ofenderam-nordestinos-apos-eleicao.shtml>. Acesso em: 17 nov. 2016.
ORTIZ, R. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 1994.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO Experimental; Editora 34, 2005.
RENAN, E. Qu’est-ce qu’une nation? Conférence prononcée le 11 mars 1882 à la Sorbonne. Édition électronique. Saguenay, 2010. Disponível em: <http://classiques.uqac.ca/classiques/renan_ernest/qu_est_ce_une_na-tion/renan_quest_ce_une_nation.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2016.S
ANDY, M. Meet the teen spearheading Brazil’s protests against its president. Time, New York, 27 out. 2015. Disponível em: <http://time.com/4088721/kim-kataguiri-brazil-protests>. Acesso em: 10 mai. 2016.
SCHWARCZ, L. M. Imaginar é difícil (porém necessário). In: ANDERSON, B. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 9-17.
SENNETT, R. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. Tradução Lygia Araujo Watanabe. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SOVIK, L. R. Aqui ninguém é branco: hegemonia branca e media no Brasil. In: WARE, V. (Org.). Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. p. 363-386.
THE 30 MOST influential teens of 2015. Time, New York, 27 Oct. 2015. Disponível em: <http://time.com/4081618/most=-influential-teens2015-/?iid-sr-link1>. Acesso em: 18 nov. 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.