Mare nostrum, mare alienun
identidade, epistemologia e a imaginação flusseriana dos fluxos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v12i3p45-58Palavras-chave:
Vilém Flusser, Identidade, Ficção, Imaginário marinhoResumo
O tema da identidade e seus desdobramentos na cultura digital têm emergido de forma relativamente marginal nos estudos de comunicação brasileiros. Este artigo propõe explorar determinados aspectos do pensamento de Vilém Flusser a respeito de identidade e alteridade na contemporaneidade. Ao mesmo tempo, propõe-se a realizar uma leitura do imaginário dos fluxos e da liquidez que, segundo cremos, atravessa parte da obra flusseriana e encontra expressão máxima em Vampyroteuthis Infernalis. Na filosofia da ficção de Flusser, é elaborada uma ética da relação com a alteridade, que se funda no ato imaginativo de tomadas de ponto de vista e identificação com o outro. Tal ética encontra ressonância em proposições recentes nos campos da teoria cultural e da filosofia.
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