A “mulher louca” em Game of Thrones: gênero e a crítica do pop no jornalismo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v15i1p223-247Palavras-chave:
Cultura pop, Gênero, Feminismo, Jornalismo, Crítica cultural, Game of ThronesResumo
Game of Thrones é uma série que revela complexidades na representação de personagens femininas. Tal percepção explodiu simbolicamente através do destino dado à personagem Daenerys Targaryen. Empreendemos, aqui, a partir da leitura de gênero, um mapeamento dos jornalismos que construíram críticas sobre a problemática implicada no destino da personagem. A partir da análise do discurso francesa, mapeamos e analisamos 49 textos. Percebemos como o feminino e o masculino atravessam a cultura pop, operacionalizada pelo jornalismo, acionando saberes sobre o gênero. Por fim, destacamos o jornalismo de cultura pop feminista como um espaço potente para discutir criticamente como o gênero está implicado na série.
Downloads
Referências
Alcântara, F. (2019, 6 de maio). Game of Thrones: O episódio é escuro e o roteiro é cheio de horrores. Minas Nerds. http://bit.ly/2QE0IHj
Althusser, L. (1974). Aparelhos ideológicos do estado. Presença; Martins Fontes.
Amaral, A., Souza, R. V. de, & Monteiro, C. (2015). De westeros no #vemprarua à shippagem do beijo gay na TV brasileira. Ativismo de fãs: Conceitos, resistências e práticas na cultura digital. Galaxia, (29), 141-154. http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542015120250
Amaral, M. F. (2005). Sensacionalismo, um conceito errante. Intexto, (13), 103-116. c
Austin, J. L. (1962). How to do things with words (J. O. Urmson, Ed.). Clarendon Press.
Awards & nominations. (s.d.). Television Academy. http://bit.ly/3spjAYn
Ballerini, F. (2015). Jornalismo cultural no século 21: Literatura, artes visuais, teatro, cinema e música, as novas plataformas, o ensino e as tendências na prática. Summus.
Bastos, A. (2019, 29 de maio). As mulheres em Game of Thrones: Machismo, estereótipos e os diversos problemas. Delirium Nerd. http://bit.ly/3sqLcwg
Benetti, M. (2016). Análise de discurso como método de pesquisa em comunicação. In C. P. de Moura & M. I. V. de Lopes (Orgs.), Pesquisa em comunicação: Metodologias e práticas acadêmicas (pp. 235-256). EDIPUCRS.
Benioff, D., Weiss, D. B., Strauss, S., Doelger, F., Caulfield, B., Cogman, B., Sapochnik, M., & Nutter, D. (Produtores executivos). (2011-2019). Game of thrones [Série de televisão]. Television 360; Grok! Television; Generator Entertainment; Startling Television; Bighead Littlehead.
Borrillo, D. (2010). Homofobia: História e crítica de um preconceito. Autêntica.
Burlamaque, F. V., & Barth, P. A. (2017). Experiências literárias com sagas fantásticas: As crônicas de gelo e fogo e a criação de um novo universo. Revista Brasileira de Literatura Comparada, 18(29), 1-24. https://bit.ly/2PtXdTj
Butler, J. (2012). Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Record.
Carvalho, D. (2019, 9 de maio). Daenerys não é a rainha louca em Game of Thrones – Ela só está (e com razão) putíssima. Garotas Geeks. http://bit.ly/3soXIwj
Carvalho, I. (2019, 22 de maio). Daenerys Targaryen: De quebradora de correntes à Rainha Louca da noite para o dia. Quarta Parede Pop. http://bit.ly/3lON3bQ
Charaudeau, P., & Maingueneau, D. (2008). Dicionário de análise do discurso. Contexto.
Cixous, H. (1997). The laugh of Medusa. In R. R. Warhol & D. P. Herndl (Eds.), Feminisms: An anthology of literary theory and criticism (pp. 875-893). Rutgers University Press.
Connell, R. (2016). Gênero em termos reais. nVersos.
Couto, P. R. D. (2015) Um jogo de rainhas: As mulheres de Game of Thrones [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Juiz de Fora]. Repositório institucional da UFJF. https://bit.ly/3d4Lh2u
Davis, A. (2016). Mulheres, raça e classe. Boitempo.
Endress, J. (2019, 7 de maio). “Game of Thrones”: Por que Daenerys deve seguir a sina dos Targaryen e enlouquecer. Gaúcha ZH. http://bit.ly/3fgaN7w
Esmitiz, F. (2019). Jornalismo feminista: Uma análise dos processos de comunicação em rede do Portal Catarinas [Dissertação de mestrado, Universidade do Vale do Rio dos Sinos]. Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos. https://bit.ly/3rp10OV
Farinha, R. (2019, 13 de maio). “A Guerra dos Tronos”: Se esperavam um final feliz, é porque não têm estado atentos. New in Town. http://bit.ly/2PuAJl6
Fausto Neto, A. (1999). Comunicação e mídia impressa: Estudo sobre a AIDS. Hacker.
Fischer, R. M. B. (2002). O dispositivo pedagógico da mídia: Modos de se educar na (e pela) TV. Educação e Pesquisa, 28(1), 151-162. https://doi.org/10.1590/S1517-97022002000100011
Flood, A. (2015, 10 de abril). George RR Martin revolutionised how people think about fantasy. The Guardian. http://bit.ly/3spl4Sq
Foucault, M. (2007). A ordem do discurso. Loyola.
Foucault, M. (2012). A arqueologia do saber (8a ed.). Forense Universitária.
Frankel, V. E. (2014). Women in Game of Thrones: Power, conformity and resistance. McFarland.
‘Game of Thrones’ chega à última temporada com recordes de orçamento, audiência e pirataria (2019, 14 de abril). Folha de S.Paulo. http://bit.ly/2QvtE42
Gilbert, S. M., & Gubar, S. (2000). The madwoman in the attic: The woman writer and the nineteenth-century literary imagination. Yale University Press. (Obra original publicada em 1979)
Gjelsvik, A., & Schubart, R. (Eds.). (2016). Women of ice and fire: Gender, Game of Thrones and multiple media engagements. Bloomsbury.
Gonzatti, C. (2017). Bicha, a senhora é performática mesmo: Sentidos queer nas redes digitais do jornalismo pop [Dissertação de mestrado, Universidade do Vale do Rio dos Sinos]. Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos. https://bit.ly/2OJvuxS
Hall, S. (2000). Quem precisa da identidade? In T. T. da Silva (Org.), Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais (pp. 103-133). Vozes.
Hartnett, R. (2016). Mhysa or monster: Masculinization, mimicry, and the white savior in “A song of ice and fire”. Florida Atlantic University.
Janotti, J., Jr. (2015). Cultura pop: Entre o popular e a distinção. In S. P. de Sá, R. Carreiro, & R. Ferraraz (Orgs.), Cultura pop (pp. 45-56). EDUFBA.
Koblin, J. (2019, 15 de abril). ‘Game of Thrones’ returns to record ratings in season 8 premiere. The New York Times. http://nyti.ms/3rnzdyv
Laurie, T. (2015, 23-25 de novembro). Serialising gender, breeding race: Biopolitics in Game of Thrones [Artigo apresentado]. Trans/Forming Feminisms: Media, Technology, Identity, University of Otago, Dunedin, Nova Zelândia.
Leão, F. (2019, 20 de maio). Chega ao fim a maior série de todos os tempos. Poderia ter sido melhor? Dom Total. http://bit.ly/3d4BLMN
Marques, D. (2019). Power and the denial of femininity in Game of Thrones.Canadian Review of American Studies, 49(1), 46-65. https://doi.org/10.3138/cras.49.1.004
Martin, G. (2010). A guerra dos tronos. Leya. (Obra original publicada em 1996)
Monteiro, C. (2019, 6 de maio). Game of Thrones – O episódio é escuro e o roteiro é cheio de horrores. Minas Nerds. http://bit.ly/2QE0IHj
Monteiro, M. H., & Soares, T. (2014, 15-17 de maio). Museu de grandes novidades: Crítica, agendamento e valor sobre a obra de Madonna no jornalismo cultural [Artigo apresentando]. XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste, João Pessoa, PB, Brasil. https://bit.ly/3lQu3to
O destino de Daenerys Targaryen e as utopias sociais. (2019, 20 de maio). Indutância Nerd. http://bit.ly/3tTQO2G
Orlandi, E. P. (2009). Análise de discurso: Princípios e procedimentos (8a ed.). Pontes.
Pêcheux, M. (1997). A análise do discurso: três épocas. In F. Gadet & T. Hak (Orgs.), Por uma análise automática do discurso: Uma introdução à obra de Michel Pêcheux (pp. 311-319). Editora Unicamp.
Penkala, A. P., Pereira, L. P., & Ebersol, I. (2014). Arquétipos complexos de gênero em Game of Thrones: Daenerys nascida da tormenta, a puta, a guerreira, a mãe. Paralelo 31, 1(2). http://bit.ly/3w2xhPd
Pérez Navarro, P. (2008). Del texto al sexo: Judith Butler y la performaividad. Egales.
Pimenta, J. J. (2019, 24 de maio). Daenerys Targaryen, a Stalin de Game of Thrones. Diário Causa Operária. https://bit.ly/3coqFTM
Piza, D. (2004). Jornalismo cultural (2a ed.). Contexto.
Ramirez, N. (2019, 15 de maio). Por que decepciona ver Daenerys reduzida ao mito da cabeça de medusa. El País. http://bit.ly/31lSEwZ
Rantin, C. (2019). Não, a narrativa da rainha louca em Game of Thrones não é forçada! Legião dos Heróis. http://bit.ly/3fdnpw2
Report critiques inclusion among film critics. (2018, 11 de junho). USC Annenberg. http://bit.ly/2Po2xrb
Ribeiro, D. (2017). O que é lugar de fala. Letramento.
Ribeiro, J. (2019, 5 de maio). Com o fim dos White Walkers, poderia Daenerys Targaryen ser a última vilã de Game of Thrones? Ultimato do Bacon. http://bit.ly/3fe1YuN
Rich, A. (2010). Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas: Estudos Gays: Gêneros e Sexualidades, 4(5), 17-44. https://bit.ly/3rl0UI3
Rossetti, M. L. (2015). Artes plásticas e jornalismo cultural, reflexos da pós-modernidade: Ilustríssima, revista Cult e Digestivo Cultural [Dissertação de mestrado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUCRS. https://bit.ly/39eV58Y
Sá, S. P. de, Carreiro, R., & Ferraraz, R. (2015). Cultura pop. EDUFBA.
Santos, S. (2019, 19 de maio). Daenerys Targaryen, a rainha louca. C7nema. https://bit.ly/3fkJeKt
Showalter, E. (1981). Feminist criticismo in the wilderness. Critical Inquiry, 8(2),179-205. https://doi.org/10.1086/448150
Silva, M. V. da. (2014). Masculino, o gênero do jornalismo: Modos de produção das notícias. Insular.
Soares, T. (2014). Abordagens teóricas para estudos sobre cultura pop. Logos, 2(24),1-14. https://doi.org/10.12957/logos.2014.14155
Spivak (2010). Pode o subalterno falar? Editora UFMG.
Tarnowski, A. (2019). “Yet I’m Still a Man”: Disability and masculinity in George RR Martin’s A Song of Ice and Fire Series. Canadian Review of American Studies, 49(1), 77-98. https://doi.org/10.3138/cras.49.1.007
Warner, M. (Ed.). (1991). Fear of a queer planet: Queer politics and social theory. University of Minnesota Press.
Woodward, K. (2000). Identidade e diferença: Uma introdução teórica e conceitual. In T. T. da Silva (Org.), Identidade e diferença: A perspectiva dos estudos culturais (pp. 7-72). Vozes.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.