Melodrama, excesso e narrativas midiáticas: uma sistematização baseada na abordagem de parentesco intelectual
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v16i1p181-207Palavras-chave:
Estudo comparativo, Parentesco intelectual, Mídia, Melodrama, ExcessoResumo
O artigo apresenta quatro ontologias possíveis por meio da natureza, composição, finalidade e localização das relações entre o excesso e o melodrama nas narrativas midiáticas. A concepção de parentesco intelectual é metodologicamente mobilizada em três categorias: identificação do antagônico comum, evidenciação da semelhança na intercomunicação e valorização da dessemelhança como manutenção da autonomia. As considerações finais destacam a não consensualidade sobre a natureza do melodrama; o entendimento binominal sobre a composição relacional excesso/melodrama; disputas de sentido sobre as finalidades de ação do excesso no melodrama; e o entendimento de que as materialidades nas quais incidem o excesso e o melodrama são múltiplas.
Downloads
Referências
Anker, E. R. (2014). Orgies of feeling: Melodrama and the politics of freedom. Duke University Press.
Baltar, M. (2005). Metáforas à flor da pele: Os excessivos símbolos que antecipam nossa comoção. Contracampo, 71. https://bit.ly/3tbO9CP
Baltar, M. (2007). Realidade lacrimosa: Diálogos entre o universo do documentário e a imaginação melodramática [Tese de doutorado não publicada]. Universidade Federal Fluminense.
Baltar, M. (2012). Tessituras do excesso: Notas iniciais sobre o conceito e suas implicações tomando por base um procedimento operacional padrão. Significação, 39(38), 124-146. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2012.71141
Borkosky, M. M. (2016). Telenovela nueva: Nuevas lecturas. Corregidor.
Brooks (1995). The melodramatic imagination: Balzac, Henry James, Melodrama, and the Mode of Excess. Yale University Press.
Campion, J. (Diretora). (1993). The piano [O piano] [Filme]. Jan Chapman; CiBy 2000.
Elsaesser, T. (1991). Tales of sound and fury: Observations on the family melodrama. In M. Landy (Ed.), Imitations of life: A reader of film and television melodrama (pp. 68-91). Wayne State University Press.
Elsaesser, T., & Hagener, M. (Eds.). (2010). Film theory: An introduction through the senses. Routledge.
Erlick, J. C. (2018). Telenovelas in Pan-Latino context. Routledge.
Freire, A. M. A. (2017). Paulo Freire: Uma história de vida. Paz e Terra.
Freire, P. (1997). Prefácio. In P. McLaren, Multiculturalismo crítico: Prospectivas (pp. 9-12). Cortez; IPF.
Freire, P. (2016). Pedagogia da tolerância. Paz e Terra.
Frye, N. (1973). Anatomia da crítica. Cultrix.
Fuenzalida, V. (2011). Melodrama y reflexividad: Complejización del melodrama en la telenovela. Mediálogos, 1(1), 22-45. https://bit.ly/359I94Q
Gledhill, C. (Ed.). (1987). Home is where the heart is: Studies in melodrama and the woman’s film. British Film Institute.
Iqani, M., & Resende, F. (2019). Theorising media in and across the Global South: Narrative as territory, culture as flow. In M. Iqani & F. Resende (Eds.), Media and the global South: Narrative territorialities, cross-cultural flow (pp. 1-16). Routledge.
Lopez, A. (1991). The melodrama in Latin America: Films, telenovelas, and the currency of a popular form. In M. Landy (Ed.), Imitations of life: A reader of film and television melodrama (pp. 596-606). Wayne State University Press.
Martín-Barbero, J. (2009). Dos meios às mediações: Comunicação, cultura e hegemonia (6a ed.). Ed. UFRJ.
Martín-Barbero, J., & Rey, G. (2001). Os exercícios do ver: Hegemonia audiovisual e ficção televisiva. Ed. Senac.
Martino, L. C. (2019). Sobre o conceito de comunicação: Ontologia, história e teoria. Questões Transversais, 7(14), 13-25. https://bit.ly/3LJVIce
Meyer, M. (1996). Folhetim: Uma história. Companhia das Letras.
Mumford, L. S. (1995). Love and ideology in the afternoon: Soap opera, women and television genre. Indiana University Press.
Padilha, J. (Diretor). (2002). Ônibus 174 [Filme]. Zazen.
Santa Cruz, E. (2003). Las telenovelas puertas adentro: El discurso social de la telenovela chilena. Lom.
Simon, D., Colesberry, R. F., & Noble, N. K. (Produtores executivos). (2002-2008). The wire [A escuta] [Série de televisão]. Blown Deadline; HBO Entertainment.
Singer, B. (2001). Melodrama and modernity: Early sensational cinema and its contexts. Columbia University Press.
Sirk, D. (Diretor). (1946). A scandal in Paris [Filme]. Arnold Pressburger Films.
Sirk, D. (Diretor). (1953). Take me to town [Filme]. Universal Pictures.
Sirk, D. (Diretor). (1956). Written on the wind [Palavras ao vento] [Filme]. Universal-International.
Smit, A. J. (2010). Broadcasting the body: Affect, embodiment and bodily excess on contemporary television [Tese de doutorado, University of Glasgow]. Repositório Digital da University of Glasgow. https://theses.gla.ac.uk/2278/1/2010smitphd.pdf
Thomas, E. (2003). Les telenovelas: Entre fiction et réalité. L’Hammarttan.
Thomasseau, J. M. (2009). Mélodramatiques. Presses Universitaires de Vincennes.
Thorburn, D. (1976). Television melodrama. In H. Newcomb (Ed.), Television: The critical view (pp. 595-608). Oxford University Press.
Williams, L. (1991). Film bodies: Gender, genre, and excess. Film Quarterly, 44(4), 2-13. https://doi.org/10.2307/1212758
Williams, L. (2012). Mega-melodrama! Vertical and horizontal suspensions of the “classical”. Modern Drama, 55(4), 523-543. https://doi.org/10.3138/md.2012-S83
Williams, L. (2014). On the wire. Duke University Press.
Williams, L. (2018). “Tales of sound and fury…” or, The elephant of melodrama. In C. Gledhill & L. Williams (Eds.), Melodrama unbound: Across history, media, and national cultures (pp. 205-218). Columbia University Press.
Zarzosa, A. (2010a). Jane Campion’s The piano: Melodrama as mode of exchange. New Review of Film and Television Studies, 8(4), 396-411. https://doi.org/10.1080/17400309.2010.514664
Zarzosa, A. (2010b). Melodrama and the modes of the world. Discourse, 32(2), 236-255.
Zarzosa, A. (2013). Refiguring melodrama in film and television: Captive affects, elastic sufferings, vicarious objects. Lexington Books.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Anderson Lopes da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.