Da estatística aos dados: ordenamentos da vida em cidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v17i1p269-287

Palavras-chave:

Comunicação e consumo, Cidade, Biopolítica, Dataficação, Constituição de subjetividades

Resumo

Abordamos as transformações dos ordenamentos do consumo a partir das mudanças ocorridas na passagem da cidade moderna para a pós-moderna. Temos como objetivo problematizar as inter-relações comunicação, consumo e cidade, à luz da noção de biopolítica, buscando evidenciar como emergem os modos de vida em cada um dos referidos momentos sócio-históricos. Para tanto, analisamos, a partir das representações teóricas do flâneur, do transeunte e do cidadão conectado global, os modos de vida e a constituição dos sujeitos. Essas reflexões permitem observar o engendramento das lógicas do capitalismo nos ordenamentos da vida, sobretudo na produção de subjetividades implicadas nas transformações da cidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Adriana Lima de Oliveira, Escola Superior de Propaganda e Marketing

    Doutora e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM. Integrante do grupo de pesquisa em Comunicação, Discursos e Biopolíticas do Consumo (Biocon).

  • Lucas de Vasconcelos Teixeira, Escola Superior de Propaganda e Marketing

    Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), em que foi bolsista Capes-Prosup. Mestre pelo mesmo programa. Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade de São Paulo (USP). Integrante do grupo de pesquisa Biocon.

  • Tânia Márcia Cesar Hoff, Escola Superior de Propaganda e Marketing

    Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM) e doutora pela USP. Coordenadora do grupo de pesquisa Biocon.

Referências

Benjamin, W. (1991a). A Paris do Segundo Império em Baudelaire. In F. R. Kothe (Org.), Walter Benjamin: Sociologia (pp. 44-92). Ática.

Benjamin, W. (1991b). Paris, capital do século XIX. In F. R. Kothe (Org.), Walter Benjamin: Sociologia (pp. 30-43). Ática.

Benjamin, W. (1994) Sobre alguns temas em Baudelaire. In W. Benjamin, Obras escolhidas III: Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo (pp. 103-149). Brasiliense.

Berman, M. (1986). Tudo que é sólido desmancha no ar: A aventura da modernidade. Companhia das Letras.

Carone, E. (2002). Prefácio. In M. M. Deaecto, Comércio e vida urbana na cidade de São Paulo (1889-1930) (pp. 9-11). Senac.

Cohn, G. (2001). Qual é a forma da sociedade da informação? In A. Fausto Neto, J. L. A. Prado, S. D. Porto & A. Hohfeldt (Orgs.), Práticas midiáticas e espaço público (pp. 15-22). EDIPUCRS.

Couldry, N. (2000). The place of media power: Pilgrims and witnesses of the media age. Routledge.

Couldry, N. (2019). Do mito do centro mediado ao mito do Big Data: Reflexões sobre o papel da mídia na ordem social. Comunicação, Mídia e Consumo, 16(47), 407-431. http://dx.doi.org/10.18568/cmc.v16i47.2126

Crary, J. (2014). 24/7 Capitalismo tardio e os fins do sono. Cosac Naify.

Dardot, P., & Laval, C. (2016). A nova razão do mundo: Ensaio sobre a sociedade neoliberal. Boitempo.

Douglas, M., & Isherwood, B. (2006). O mundo dos bens: Para uma antropologia do consumo. Editora UFRJ.

Dowbor, L. (2017). A era do capital improdutivo. Autonomia Literária.

Foucault, M. (1985). História da sexualidade I: A vontade de saber (7a ed.). Graal.

Foucault, M. (1997). Resumos dos cursos do Collège de France (1970-1982). Zahar.

Foucault, M. (2001). Segurança, território e população: Curso no Collège de France (1977-1978). Martins Fontes.

Foucault, M. (2002). A verdade e as formas jurídicas (3a ed.). PUC; Nau.

Foucault, M. (2008). Nascimento da biopolítica. Martins Fontes.

Frehse, F. (2011). Introdução. In F. Frehse, Ô da rua!: O transeunte e o advento da modernidade em São Paulo (pp. 19-31). Edusp.

Harvey, D. (2009). Condição pós-moderna: Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Loyola.

Harvey, D. (2014). Cidades rebeldes: Do direito à cidade à revolução urbana. Martins Fontes.

Hobsbawm, E. (2009). A era das revoluções (1789-1848). Paz e Terra.

Koselleck, R. (2006). Modernidade: Sobre a semântica dos conceitos de movimento na modernidade. In R. Koselleck, Futuro passado: Contribuições à semântica dos tempos históricos (pp. 267-303). Contraponto; Ed. PUC-Rio.

Lemke, T. (2018). Biopolítica: Críticas, debates, perspectivas. Politéia.

Loureiro, E. (2015, 29 de maio). O café e a tartaruga. São Paulo Passado. https://bit.ly/3b48wMM

Morozov, E., & Bria, F. (2019). A cidade inteligente: Tecnologias urbanas e democracia. Ubu.

Negri, A. (2016). Quando e como eu li Foucault. n-1.

Pinto, E. X., & Oliveira, N. P. (2007). A importância do outdoor como meio de comunicação de massa e como mídia exterior [Apresentação de trabalho]. XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Santos, SP, Brasil.

Rabinow, P., & Rose, N. (2006). O conceito de biopoder hoje. Política & Trabalho, 24, 27-57. https://bit.ly/3mSizXC

Restaurante e Café Guarany. (1900, 3 de junho). [Anúncio de restaurante]. Correio Paulistano, 13.201, 3. https://bit.ly/3xy8xzQ

Revel, J. (2005). Biopolítica. In J. Revel, Michel Foucault: Conceitos essenciais (pp. 26-28). Claraluz.

Rocha, E., Frid, M., & Corbo, W. (2016). O paraíso do consumo: Émile Zola, a magia e os grandes magazines. Mauad.

Rocha, E., Pereira, C., & Aucar, B. (2013). Os anúncios nas revistas ilustradas: Imaginário e valores brasileiros no início do século XX. In E. Rocha & C. Pereira (Eds.), Cultura e imaginação publicitária (pp. 41-68). Ed. PUC-Rio; Mauad.

Rose, N. (2011). Agenciando nossos selfs. In N. Rose, Inventando nossos selfs: Psicologia, poder e subjetividade (pp. 234-273). Vozes.

Sevcenko, N. (1992). Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. Companhia das Letras.

Simmel, G. (2005). As grandes cidades e a vida do espírito (1903). Mana, 11(2), 577-591. https://doi.org/10.1590/S0104-93132005000200010

Wisnik, G. (2018). Dentro do nevoeiro. Ubu.

Publicado

2023-04-30

Edição

Seção

Em Pauta/Agenda

Como Citar

Oliveira, A. L. de, Teixeira, L. de V., & Hoff, T. M. C. (2023). Da estatística aos dados: ordenamentos da vida em cidades . MATRIZes, 17(1), 269-287. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v17i1p269-287