Da estatística aos dados: ordenamentos da vida em cidades
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v17i1p269-287Palavras-chave:
Comunicação e consumo, Cidade, Biopolítica, Dataficação, Constituição de subjetividadesResumo
Abordamos as transformações dos ordenamentos do consumo a partir das mudanças ocorridas na passagem da cidade moderna para a pós-moderna. Temos como objetivo problematizar as inter-relações comunicação, consumo e cidade, à luz da noção de biopolítica, buscando evidenciar como emergem os modos de vida em cada um dos referidos momentos sócio-históricos. Para tanto, analisamos, a partir das representações teóricas do flâneur, do transeunte e do cidadão conectado global, os modos de vida e a constituição dos sujeitos. Essas reflexões permitem observar o engendramento das lógicas do capitalismo nos ordenamentos da vida, sobretudo na produção de subjetividades implicadas nas transformações da cidade.
Downloads
Referências
Benjamin, W. (1991a). A Paris do Segundo Império em Baudelaire. In F. R. Kothe (Org.), Walter Benjamin: Sociologia (pp. 44-92). Ática.
Benjamin, W. (1991b). Paris, capital do século XIX. In F. R. Kothe (Org.), Walter Benjamin: Sociologia (pp. 30-43). Ática.
Benjamin, W. (1994) Sobre alguns temas em Baudelaire. In W. Benjamin, Obras escolhidas III: Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo (pp. 103-149). Brasiliense.
Berman, M. (1986). Tudo que é sólido desmancha no ar: A aventura da modernidade. Companhia das Letras.
Carone, E. (2002). Prefácio. In M. M. Deaecto, Comércio e vida urbana na cidade de São Paulo (1889-1930) (pp. 9-11). Senac.
Cohn, G. (2001). Qual é a forma da sociedade da informação? In A. Fausto Neto, J. L. A. Prado, S. D. Porto & A. Hohfeldt (Orgs.), Práticas midiáticas e espaço público (pp. 15-22). EDIPUCRS.
Couldry, N. (2000). The place of media power: Pilgrims and witnesses of the media age. Routledge.
Couldry, N. (2019). Do mito do centro mediado ao mito do Big Data: Reflexões sobre o papel da mídia na ordem social. Comunicação, Mídia e Consumo, 16(47), 407-431. http://dx.doi.org/10.18568/cmc.v16i47.2126
Crary, J. (2014). 24/7 Capitalismo tardio e os fins do sono. Cosac Naify.
Dardot, P., & Laval, C. (2016). A nova razão do mundo: Ensaio sobre a sociedade neoliberal. Boitempo.
Douglas, M., & Isherwood, B. (2006). O mundo dos bens: Para uma antropologia do consumo. Editora UFRJ.
Dowbor, L. (2017). A era do capital improdutivo. Autonomia Literária.
Foucault, M. (1985). História da sexualidade I: A vontade de saber (7a ed.). Graal.
Foucault, M. (1997). Resumos dos cursos do Collège de France (1970-1982). Zahar.
Foucault, M. (2001). Segurança, território e população: Curso no Collège de France (1977-1978). Martins Fontes.
Foucault, M. (2002). A verdade e as formas jurídicas (3a ed.). PUC; Nau.
Foucault, M. (2008). Nascimento da biopolítica. Martins Fontes.
Frehse, F. (2011). Introdução. In F. Frehse, Ô da rua!: O transeunte e o advento da modernidade em São Paulo (pp. 19-31). Edusp.
Harvey, D. (2009). Condição pós-moderna: Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Loyola.
Harvey, D. (2014). Cidades rebeldes: Do direito à cidade à revolução urbana. Martins Fontes.
Hobsbawm, E. (2009). A era das revoluções (1789-1848). Paz e Terra.
Koselleck, R. (2006). Modernidade: Sobre a semântica dos conceitos de movimento na modernidade. In R. Koselleck, Futuro passado: Contribuições à semântica dos tempos históricos (pp. 267-303). Contraponto; Ed. PUC-Rio.
Lemke, T. (2018). Biopolítica: Críticas, debates, perspectivas. Politéia.
Loureiro, E. (2015, 29 de maio). O café e a tartaruga. São Paulo Passado. https://bit.ly/3b48wMM
Morozov, E., & Bria, F. (2019). A cidade inteligente: Tecnologias urbanas e democracia. Ubu.
Negri, A. (2016). Quando e como eu li Foucault. n-1.
Pinto, E. X., & Oliveira, N. P. (2007). A importância do outdoor como meio de comunicação de massa e como mídia exterior [Apresentação de trabalho]. XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Santos, SP, Brasil.
Rabinow, P., & Rose, N. (2006). O conceito de biopoder hoje. Política & Trabalho, 24, 27-57. https://bit.ly/3mSizXC
Restaurante e Café Guarany. (1900, 3 de junho). [Anúncio de restaurante]. Correio Paulistano, 13.201, 3. https://bit.ly/3xy8xzQ
Revel, J. (2005). Biopolítica. In J. Revel, Michel Foucault: Conceitos essenciais (pp. 26-28). Claraluz.
Rocha, E., Frid, M., & Corbo, W. (2016). O paraíso do consumo: Émile Zola, a magia e os grandes magazines. Mauad.
Rocha, E., Pereira, C., & Aucar, B. (2013). Os anúncios nas revistas ilustradas: Imaginário e valores brasileiros no início do século XX. In E. Rocha & C. Pereira (Eds.), Cultura e imaginação publicitária (pp. 41-68). Ed. PUC-Rio; Mauad.
Rose, N. (2011). Agenciando nossos selfs. In N. Rose, Inventando nossos selfs: Psicologia, poder e subjetividade (pp. 234-273). Vozes.
Sevcenko, N. (1992). Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. Companhia das Letras.
Simmel, G. (2005). As grandes cidades e a vida do espírito (1903). Mana, 11(2), 577-591. https://doi.org/10.1590/S0104-93132005000200010
Wisnik, G. (2018). Dentro do nevoeiro. Ubu.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Adriana Lima de Oliveira, Lucas de Vasconcelos Teixeira, Tânia Márcia Cesar Hoff
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.