Mediatização da Memória
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v16i2p137-149Palavras-chave:
Memória coletiva, Memorialização, Halbwachs, Media, InternetResumo
Em tempos de intensa mediatização, aparece o problema da potencial desfragmentação da memória perante um espaço virtual aberto e infinito. Compreender o papel da memória nas sociedades contemporâneas implica contemplar sua expansão mediatizada, responsável pela profusão e aceleração da produção de traços memoriais pelas sociedades. Este artigo apresenta as principais correntes de pensamento dos estudos da memória e traça as atuais implicações políticas e sociais da memória. Além disso, analisa o papel dos media sobre a noção de memória, nomeadamente, o paradoxo da memória digital, o encurtamento e a poluição da memória provocada pelos media digitais, e a internet como uma espécie de memória palimpséstica da atualidade.
Downloads
Referências
Assman, J. (1995). Collective memory and cultural identity. New German Critique, (65), 125-133. https://doi.org/10.2307/488538
Babo, I. (2018). Média, tempo e memória. Vista, (2), 77-95. https://doi.org/10.21814/vista.2995
Babo, M. A. (2009). Escrita, memória, arquivo. Revista de Comunicação e Linguagens, (40), 45-51.
Candau, J. (2011). Memória e identidade. Contexto.
Cavallaro, D. (2002). Cyberpunk and cyberculture: Science fiction and the work of William Gibson. The Athlone Press.
Erll, A. (2008a). Cultural memory studies: An introduction. In A. Erll & A. Nünning (Eds.), Cultural memory studies: An international and interdisciplinary handbook (pp. 1-17). De Gruyter. V.16 - No 2 maio/ago. 2022 São Paulo - Brasil SAMUEL MATEUS p. 1-13 13 SAMUEL MATEUS DOSSIÊ
Erll, A. (2008b). Literature, film and the mediality of cultural memory. In A. Erll & A. Nünning, Cultural memory studies: An international and interdisciplinary handbook (pp. 389-398). De Gruyter.
Fisher, M., Goddu, M. K., & Keill, F. C. (2015). Searching for explanations: How the internet inflates estimates of internal knowledge. Journal of Experimenta Psychology, 144(3), 674-687. https://doi.org/10.1037/xge0000070
Giddens, A. (2002). Modernidade e identidade. Zahar.
Halbwachs, M. (1950). La mémoire collective. Presses Universitaires de France.
Halbwachs, M. (2013). A memória coletiva. Centauro.
Hoskins, A. (2009). The mediatisation of memory. In J. G. Hansen, A. Hoskins & A. Reading (Eds.), Save as... Digital memories (pp. 27-43). Palgrave Macmillan.
Landsberg, A. (1995). Prosthetic memory: Total Recall and Blade Runner. In M. Featherstone & R. Burrows (Eds.), Cyberspace/cyberbodies/cyberpunk: Cultures of technological embodiment (pp. 175-189). Sage.
Lemos, A. (2002). Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Sulina.
Lévy, P. (1999). Cibercultura. Editora 34.
Lévy, P. (2000). A inteligência coletiva: Por uma antropologia do ciberespaço. Loyola.
Misztal, B. (2003). Durkheim on collective memory. Journal of Classical Sociology, 3(2), 123-143. https://doi.org/10.1177/1468795X030032002
Sparrow, B., Liu, J., & Wegner, D. M. (2011). Google effects on memory: Cognitive consequences of having information at our fingertips. Science, 333(6043), 776-778. https://doi.org/10.1126/science.1207745
Stiegler, B. (2009). Anamnese e hipomnese. Revista de Comunicação e Linguagens, (40), 11-26.
Sutter, E. (1998). Pour une écologie de l’information. Documentaliste – Sciences de l’Information, 35(2), 83-86.
Virilio, P. (1996). Velocidade e política. Estação Liberdade.
Wegner, D. M., & Ward, A. F. (2013, 1o de dezembro). The internet has become the external hard drive for our memories. Scientific American. https://bit.ly/3bgTMKh
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Samuel Mateus
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.