O net-ativismo indígena da Rede Wayuri: transespecificidade das redes da floresta amazônica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v19i3p109-126Palavras-chave:
Net-ativismo indígena, Rede Wayuri, Amazônia, tecnologias, povos da florestaResumo
O avanço do processo de digitalização, em especial da banda larga e dos dispositivos móveis de conectividade, vem provocando profundas transformações nas aldeias e entre os povos indígenas nos últimos 20 anos. Enquanto na Amazônia Brasileira não faltam exemplos da introdução dos satélites, de sensores e da internet das coisas na defesa dos seus direitos e territórios, no interior do estado do Amazonas predominam ações net-ativistas que remetem a uma primeira fase desse fenômeno, marcada pela tomada coletiva da palavra em busca do empoderamento dos que vivem na floresta. Este artigo, amparado metodologicamente em uma revisão bibliográfica, entrevista semiestruturada e análise de conteúdo, apresenta as iniciativas da Rede Wayuri, uma rede de comunicação indígena do Alto Rio Negro-AM, que produz e faz circular narrativas como modos de resistência, em colaboração com toda sorte de entidades, humanas ou não, e tecnologias digitais ou não, compondo uma nova forma do social que é também transespecífica.
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