De la scène à la flore, un imaginaire foncier - “L’Intelligence des fleurs” de Maurice Maeterlinck
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v5i10p39-48Palavras-chave:
Récit de nature, Fin de siècle, Idéalisme, Analogie, Littérature francophoneResumo
On considère souvent comme un à côté la production de Maurice Maeterlinck consacrée aux faits naturels. La cohérence des livres de ce cycle, à l’intérieur de l’ensemble de l’œuvre, mérite pourtant un regard attentif. Publié au mitan de la vie du futur Prix Nobel, L’Intelligence des fleurs (1907) s’avère ainsi bien davantage qu’une pure description botanique. Ce qui en fait la singularité, c’est le tressage d’une telle description naturelle avec les hantises de l’imaginaire maeterlinckien, qui sont en outre celles de l’idéalisme Fin de siècle. Cette étude fait surgir de nombreux exemples de descriptions qu’on croirait tirées des drames de l’auteur de Pelléas.
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