Século XVII na França: Les Belles Infidèles, Racine e o modelo dos clássicos antigos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v2i3p29-43Palavras-chave:
tradução, Les Belles Infidèles, Jean Racine, Les PlaideursResumo
A história da tradução permite ao estudioso dessa área entrar em contato com diversos modelos adotados em diferentes momentos da história dessa prática. Em relação à história da tradução na França, um momento específico do século XVII chama a atenção dos estudiosos até nossos dias, o período conhecido como Les Belles Infidèles. Prática exercida sobretudo entre os anos 1625-1665 e auge de 1640 a 1650, segundo Zuber (1995, p.V), as traduções da ‘Idade da Eloquência’ ainda sucitam preconceitos e interpretações equivocadas frente a uma prática moderna que segue princípios mais objetivos. Assim, este artigo, primeiramente, procurará caracterizar esse período, inserindo-o no quadro específico pelo qual passava a França naquele momento. Na sequência, a tradução praticada no período conhecido como Les Belles Infidèles será renomeada como uma ‘adaptação ou recriação a partir dos modelos antigos’, o que será demonstrado de forma prática por meio de uma comparação entre uma tradução de Nicolas Perrot d’Ablancourt e de alguns trechos da peça Les Plaideurs de Jean Racine, datada de 1668, e a peça grega Les Guêpes de Aristófanes de 422 a.C.. Tal comparação possibitará, como conclusão, a afirmação de que a literatura clássica francesa é uma legítima herdeira da época das ‘traduções infiéis’.Downloads
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