O documentário Megalópolis como veículo de memória
americanização, nacionalismo e consumo na modernização do Brasil no início da década de 1970
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2020.163996Palavras-chave:
Documentário, Nacionalismo, Modernização, Memória, ConsumoResumo
O documentário Megalópolis (Leon Hirszman, 1973) aborda o período em que se iniciou uma acelerada modernização em metrópoles brasileiras, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro no início dos anos 1970. Com características didáticas e expositivas, o filme revela como deveria se dar o crescimento metropolitano no país atrelado ao modelo estadunidense. Tendo por norte a discussão sobre o documentário como um veículo de memória (Waterson, 2007), buscamos revelar o potencial de Megalópolis como documento e fonte historiográfica por meio de três aspectos que nele se sobressaem: americanização, nacionalismo e consumo. Para tanto, discutimos como a acelerada modernização e a urbanização irracional impostas pelo regime militar são retratadas num documentário dirigido por um cineasta de convicções marxistas, o que revela o potencial de ampliação das discussões em torno deste documentário.
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