Parque ecológico Monsenhor Emílio José Salim, Campinas/SP: contradições na implementação de um parque urbano contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i37p147-177Palavras-chave:
Parques. Paisagem urbana. Espaços verdes. Arquitetura paisagística.Resumo
O presente artigo é resultado de uma pesquisa que buscou compreender os propósitos da administração pública, nas instâncias estadual e municipal, ao implantar, no final da década de 1980, o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, na cidade de Campinas (SP). Projetado pelo escritório Burle Marx, sua implantação tinha por objetivo a revitalização de uma antiga fazenda, a recomposição da mata nativa em áreas ocupadas pelos cafezais e a restauração do casarão, exemplar relevante da arquitetura do período do café. Quadras esportivas, lanchonetes, mirante, restaurante, campos de futebol e áreas de passeio também estavam no escopo do projeto. Embora o parque já tenha passado por dois processos de tombamento – no nível estadual, pelo valor do seu conjunto arquitetônico, representativo da arquitetura cafeeira e, no nível municipal, por seu valor como parque urbano de concepção inovadora –, encontra-se atualmente sendo utilizado muito aquém do seu potencial como espaço público. Esta pesquisa também teve por objetivo traçar um diagnóstico que apresentasse os potenciais e as fragilidades desse equipamento urbano e diretrizes que pudessem auxiliar num possível processo de recuperação do parque.
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