DE ÁREAS SUBUTILIZADAS E DEGRADADAS A FLORESTAS URBANAS: APLICABILIDADE EM CIDADES INDUSTRIALIZADAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.paam.2024.215609

Palavras-chave:

Arborização Urbana, Inventário, Qualidade de Vida, Planejamento Ambiental

Resumo

Objetivou-se neste estudo de caso, realizado no município de Mauá, na região metro­politana de São Paulo, verificar a hipótese de que as áreas subutilizadas ou degradadas (ASD) em cidades industrializadas são capazes de suprir a deficiência de áreas verdes (AV) ao se considerar um mínimo de 25% de AV sobre o total da área da cidade. Nesse sentido, procedeu-se um levantamento total das ASD e AV existentes no município. O processo de identificação e mapeamento das ASD e AV foi realizado por meio de técnicas de classificação supervisionada. A demarcação e quantificação das áreas foram tratadas em software de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Verificou-se que Mauá tem 3,89% de ASD com potencial para serem implantadas áreas verdes e 12,41% de áreas verdes consolidadas (AV). Assim, Mauá se apresenta com um nível abaixo da porcentagem de referência para este estudo (<25%), rejeitando-se a hipótese desta pesquisa.

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Publicado

2024-06-10

Edição

Seção

Paisagem Urbana

Como Citar

Moura, C. C., Caram de Moraes, S., Azzi Haddad, F. ., Machado de Godoi, D., Machado da Silva, J. ., Martins Yamauchi, F. K., & da Silva Filho, C. A. . (2024). DE ÁREAS SUBUTILIZADAS E DEGRADADAS A FLORESTAS URBANAS: APLICABILIDADE EM CIDADES INDUSTRIALIZADAS. Paisagem E Ambiente, 35(53). https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.paam.2024.215609