A cidade no estuário do rio amazonas: mapeando apagamentos e sobrevivências na convivência com as águas na Cidade de Macapá-AP
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.paam.2023.223801Palavras-chave:
Águas Urbanas, Cidades Amazônicas, Espaços de Fruição, Macapá, PaisagemResumo
A cidade de Macapá apresenta uma relação singular com as águas que se manifesta tanto na forma quanto nos modos de vida. Com o avanço da urbanização, diversos corpos hídricos têm sido “apagados” da paisagem urbana. O que esta pesquisa busca demonstrar é que, neste processo, determinados modos de experimentar a cidade também têm sido “enterrados”. Tendo como recorte os espaços de lazer (e fruição) vinculados às águas, este artigo busca analisar e identificar “apagamentos” e “sobrevivências” em quatro períodos diferentes da história da cidade. A partir disso, são mapeados os espaços e as manifestações de um lazer intrincado ao sítio e às suas condições biofísicas, por meio da elaboração de uma cartografia que busca inventariar, mapear e classificar os diferentes usos destes espaços. O trabalho contribui para tornar cientificamente visíveis o processo de desvanecimento do acesso e de fruição das águas na cidade de Macapá.
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