“O Negro André”: a questão racial na vida e no pensamento do abolicionista André Rebouças
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2017.114973Palavras-chave:
André Rebouças, Abolicionismo, Atlântico NegroResumo
O objetivo principal deste trabalho foi analisar como o contexto das relações raciais influenciou na construção de si e na produção intelectual do negro, intelectual e abolicionista André Rebouças. Por meio, sobretudo, de consultas a fontes de pesquisa primárias, tornou-se possível reconstituir o processo de construção de uma consciência de si, vivido por André Rebouças, enquanto negro, cuja ancestralidade remetia à África. Foi possível notar que algumas características do seu pensamento social radicalizam-se ao mesmo tempo em que se aprofunda o autorreconhecimento de sua condição racial, o que temporalmente situa-se no período em que se autoexilou do Brasil, imediatamente após a proclamação da República, em 1889. Durante sua vivência em África, rompeu definitivamente com o silêncio que, no geral, mantinha sobre a sua realidade racial. Nesse período, ocorre uma inflexão no que tange à construção de si, passando a enxergar-se e a reafirmar-se enquanto homem negro e africano. Esse momento foi interpretado, como bem sugeriu Mattos (2010), à luz do conceito de “dupla consciência”, cunhado por Du Bois e aprofundando por Paul Gilroy em “O Atlântico Negro” (2012).
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