A dialética da ostentação e do recalque: Zé ou Rei
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.213902Palavras-chave:
Juventude, Consumo, Funk, Crime, OstentaçãoResumo
O artigo discute as transformações e consequências da generalização da lógica da mercadoria e do dinheiro nas margens sociais nas expectativas, nos desejos e no imaginário dos jovens periféricos. Seguindo o pressuposto do paralelismo entre narcisismo e fetichismo da mercadoria, mostramos que a ostentação é uma disposição que orienta o comportamento social dos jovens no sentido da dialética da onipotência e da impotência. O revezamento constante entre a ostentação e o ressentimento era impelido pela perspectiva desesperadora de serem socialmente descartados e pela angústia permanente que decorria das experiências que permeavam todas as esferas e o revezamento entre ilícito, legal e ilegal. Assim, os jovens viviam permanentemente entre uma alternativa auto sacrifical; apostando na “vida loka”, e uma vida de impotência diante de desejos de consumos ilimitados e horizontes de vida rebaixados como trabalhador.
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