Blusas Verdes: um contramovimento de mulheres na década de 1930
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2024.223029Palavras-chave:
Blusas Verdes, Contramovimento, Movimento Feminista, Integralismo, Análise de EnquadramentoResumo
O objeto deste trabalho é realizar uma análise de enquadramento da Folha das Blusas Verdes, uma coluna do jornal integralista A Offensiva. O movimento das Blusas Verdes era o movimento de mulheres integralistas na década de 1930. Assim, a pesquisa discute a partir do conceito de contramovimento como as Blusas Verdes disputavam com o movimento feminsta da época uma visão sobre o papel da mulher na sociedade brasileira. Através de dois quadros de análise: ameaça e dever, foi possível perceber como o contramovimento teve que lidar com as novas demandas colocadas pelas e para as mulheres na década de 1930, dando respostas conservadoras aos movimentos feministas da época.
Downloads
Referências
BANASZAK, Lee Ann; ONDERCIN, Heather (2010). Explaining Movement and Countermovement Events in the Contemporary U.S. Women's Movement. Anais da Annual meeting of the american political science association. Washington.
BAIRROS, Lilian Tavares (2013). O integralismo de saia: militância feminina nas fileiras integralistas em Santos. Anais do Seminário internacional fazendo gênero. Florianópolis. https://www.fg2013.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/20/1373305127_ARQUIVO_ArtigoSimposio2013.pdf
CALIL, Gilberto Grassi (2001). O integralismo no pós-guerra: a formação do PRP, 1945-1950. Porto Alegre: Edipucrs,
CARDOSO, Claudira do Socorro Cirino (1999). Partido de Representação Popular: política de alianças e partidos nos governos estaduais do RS de 1958/1962. Dissertação (Mestrado). Porto Alegre: Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
DORIA, Pedro (2020). Fascismo à brasileira: Como o integralismo, maior movimento de extrema-direita da história do país, se formou e o que ele ilumina sobre o bolsonarismo. São Paulo: Planeta.
DOS SANTOS, Luana Dias (2022). Uma análise sobre a participação das mulheres no movimento integralista através das páginas do jornal A Offensiva (1936). Revista de História da UEG, v. 11, n. 01, p. 1-17. https://doi.org/10.31668/revistaueg.v11i01.11901
FLACH, Ângela (2003). “Os vanguardeiros do anticomunismo”: o PRP e os perrepistas no RS (1961-1966). Dissertação (mestrado). Porto Alegre: Departamento de História da Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
FREITAS, Viviane Gonçalves (2018). Feminismos na imprensa alternativa brasileira: quatro décadas de lutas por direitos. Jundiaí: Paco Editorial.
JASPER, James M (2016). Protesto: uma introdução aos movimentos sociais. São Paulo: Companhia das Letras.
LOPES, Daniel Henrique (2007). As experiências femininas na AIB, 1932-1938: Revendo o passado: Gênero e representações. Dissertação (mestrado). Marília: Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista.
MENDONÇA, Ricardo Fabrino (2006). Comunicação e movimentos sociais: em defesa de uma abordagem complexa. Ecos Revista, v. 10, p. 109-134.
MENDONÇA, Ricardo Fabrino; SIMÕES, Paula Guimarães (2012). Enquadramento: diferentes operacionalizações analíticas de um conceito. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 27, p. 187-201.
MENDONÇA, Ricardo Fabrino (2023). Âmbitos interacionais e seus diferentes contratos comunicativos: contribuições para a agenda relacional no estudo de movimentos sociais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 38, p. 1-15. https://doi.org/10.1590/3811035/2023
MEYER, David S., & STAGGENBORG, Suzanne. (1996). Movements, countermovements, and the structure of political opportunity. American Journal of Sociology v. 101, n. 6, p. 1628–1660.
PINHO, Andrea Azevedo (2009). Os debates sobre o aborto na mídia brasileira: Dos enquadramentos midiáticos a construção de uma democracia plural. e-cadernos CES, n. 04, p. 135-156. https://doi.org/10.4000/eces.233
PINTO, Celi Regina J (2003). Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abrano.
SARMENTO, Rayza (2017). Das Sufragistas à ativistas 2.0: feminismo, mídia e política no Brasil (1921 a 2016). Tese (Doutorado). Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais.
SARMENTO, Rayza; ELIAS, Maria Ligia GG Rodrigues; MARQUES, Gabrielle (2023). A comunicação digital e as pautas das deputadas brasileiras “de direita” no Instagram:-. Terceiro Milênio: Revista Crítica de Sociologia e Política, v. 20, n. 01, p. 59-83.
SILVA, Marcelo Kunrath; COTANDA, Fernando Coutinho; PEREIRA, Matheus Mazzilli (2017). Interpretação e ação coletiva: o “enquadramento interpretativo” no estudo de movimentos sociais. Revista de sociologia e política, v. 25, p. 143-164.
SILVA, Marcelo Kunrath; PEREIRA, Matheus Mazzilli (2020). Movimentos e contramovimentos sociais: o caráter relacional da conflitualidade social. Revista Brasileira de Sociologia, v. 8, n. 20, p. 26-49.
SOIHET, Rachel (2006). O feminismo tático de Bertha Lutz. Santa Cruz do Sul: Editora das Mulheres/EDUNISC.
Oliveira, Rodrigo Santos de (2010). A evolução dos estudos sobre o integralismo. Estudos Ibero-Americanos, v. 36, n. 1, p. 118-138. https://doi.org/10.15448/1980-864X.2010.1.7856
TARROW, Sidney (2009). O poder em movimento: Movimentos sociais e confronto político. Petrópolis: Editora Vozes.
TARROW, Sidney; MEYER, David S(2018). Challenges of the anti-trump movement. Partecipazione e Conflitto. The Open Journal of Sociopolitical Studies, n. 15, p. 615-645.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Política de direitos compartilhados
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Ao submeter seu trabalho à Plural, o autor concorda que: o envio de originais à revista implica autorização para publicação e divulgação, ficando acordado que não serão pagos direitos autorais de nenhuma espécie. Uma vez publicados os textos, a Plural se reserva todos os direitos autorais, inclusive os de tradução, permitindo sua posterior reprodução como transcrição e com devida citação de fonte. O conteúdo do periódico será disponibilizado com licença livre, Creative Commons - Atribuição NãoComercial- CompartilhaIgual –, o que quer dizer que os artigos podem ser adaptados, copiados e distribuídos, desde que o autor seja citado, que não se faça uso comercial da obra em questão e que sejam distribuídos sob a mesma licença (ver: http://www.creativecommons.org.br/).
