“Pra ensinar meus camarada”: juventudes, periferias e uma pedagogia de vagalumes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2025.235035Palavras-chave:
Juventudes, Periferias, Artes, Emancipações, PedagogiasResumo
Se durante a maior parte de nossa história, periferias e favelas foram percebidas e sobretudo produzidas pelo prisma da carência, as últimas décadas têm se caracterizado por uma mudança substancial nas abordagens a esses territórios. As dinâmicas que se vivem nesses chamados subsolos sociais de nossas cidades, bem como o modo como as/os próprias/os habitantes desses territórios se percebem e se posicionam no mundo têm colocado em xeque os diversos estigmas a partir dos quais eram lidos aqueles territórios e quem ali habita. Tendo como base um mapeamento de iniciativas juvenis em arte e comunicação nas periferias de Salvador, Bahia, este artigo propõe uma aproximação ao trabalho que vem sendo realizado por essas juventudes cujas intervenções dão conta de uma vigorosa e potente ofensiva cultural, mais que reativas resistências.
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