Alterações neuroendócrinas interferem com a mineralização do esmalte, a erupção dentária e a saliva em ratos

Autores

  • Kikue Takebayashi Sassaki São Paulo State University; School of Dentistry of Araçatuba; Department of Basic Sciences; Division of Biochemistry
  • Alberto Carlos Botazzo Delbem São Paulo State University; School of Dentistry of Araçatuba; Department of Social and Pediatric Dentistry
  • Otoniel Antonio Macedo dos Santos São Paulo State University; School of Dentistry of Araçatuba
  • Carlos Eduardo Shimabucoro São Paulo State University; School of Dentistry of Araçatuba
  • Ana Cláudia de Melo Stevanato Nakamune São Paulo State University; School of Dentistry of Araçatuba; Department of Basic Sciences; Division of Biochemistry
  • João César Bedran-de-Castro São Paulo State University; School of Dentistry of Araçatuba; Department of Basic Sciences; Division of Physiology
  • Ricardo Martins Oliveira-Filho University of São Paulo; Institute of Biomedical Sciences; Department of Pharmacology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-74912003000100002

Palavras-chave:

Glutamato de sódio, Doenças hipotalâmicas, Fisiologia dentária, Saliva, Ratos

Resumo

A administração neonatal de glutamato monossódico (MSG) em ratos provoca distúrbios neuroendócrinos que acarretam alterações em vários sistemas orgânicos. Neste trabalho, avaliamos as repercussões desse tratamento sobre dentes e glândulas salivares. Ratos machos e fêmeas recém-nascidos foram injetados com MSG (4 mg/g peso corporal, s.c.) uma vez ao dia nos 2º, 4º, 6º, 8º e 10º dias após o nascimento; o grupo controle recebeu solução salina no mesmo esquema. O momento da erupção do incisivo inferior foi determinado entre o 4º e o 10º dia de vida, e o ritmo de erupção foi medido entre o 43º e o 67º dia. O fluxo de saliva e o conteúdo salivar de proteína e amilase foram determinados sob estimulação com pilocarpina aos 3 meses de idade. Os animais tratados com MSG mostraram reduções significativas do fluxo salivar (machos: -27%; fêmeas: -40%) e do peso das glândulas submandibulares (cerca de -12%). Apenas em machos houve discreta redução do peso corporal (7%). A saliva dos animais tratados com MSG apresentou aumento na concentração de proteínas totais e na atividade amilásica. A erupção dos incisivos inferiores ocorreu mais precocemente nos ratos tratados do que nos controles, porém a taxa de erupção apresentou-se significativamente reduzida. A microdureza também foi menor nos animais tratados. Nossos resultados mostram que o tratamento de ratos recém-nascidos com MSG causa um quadro definido de alterações buco-dentais no animal adulto, traduzidas por redução do fluxo de saliva (sem redução da síntese protéica) e distúrbios de mineralização e erupção dentárias. Esses dados apontam para o importante papel modulador que certos núcleos hipotalâmicos sensíveis ao MSG exercem sobre os fatores que regulam a suscetibilidade à cárie.

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Publicado

2003-03-01

Edição

Seção

Fisiologia

Como Citar

Alterações neuroendócrinas interferem com a mineralização do esmalte, a erupção dentária e a saliva em ratos. (2003). Pesquisa Odontológica Brasileira, 17(1), 5-10. https://doi.org/10.1590/S1517-74912003000100002