Leveduras da cavidade oral de crianças com AIDS: produção de exoenzimas e resistência antifúngica

Autores

  • Vera Lúcia Bosco Federal University of Santa Catarina; School of Dentistry
  • Esther Goldenberg Birman University of São Paulo; School of Dentistry; Oral Diagnosis Department
  • Arlete Emily Cury University of São Paulo; School of Pharmaceutical Sciences; Area of Microbiology
  • Claudete Rodrigues Paula University of São Paulo; Biomedical Institute of Sciences; Area of Microbiology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-74912003000300004

Palavras-chave:

Síndrome de imunodeficiência adquirida, Criança, Antimicóticos

Resumo

A microbiota fúngica bucal de 30 crianças com AIDS, de ambos os gêneros, com idades entre dois e seis anos, recebendo atendimento ambulatorial, foi avaliada e comparada com a de um grupo controle constituído de 30 indivíduos saudáveis com idades e gêneros equivalentes. Fatores de virulência, tais como a produção de exoenzimas, e a suscetibilidade dos microorganismos a cinco agentes antifúngicos, medida por meio de um kit E-Test, foram avaliados. O microorganismo C. albicans predominou sobre outras espécies no grupo com AIDS, demonstrando uma maior produção de proteinase e fosfolipase quando comparada com a produção observada no grupo controle. No grupo com AIDS, foram observadas poucas manifestações clínicas de C. albicans, além de uma baixa seletividade para o microorganismo (23,3%). Os estudos enzimáticos mostraram que 53,8% das linhagens no grupo com AIDS foram fortemente positivas, ao passo que apenas 33,3% o foram no grupo controle. Dentre os agentes antifúngicos testados, a anfotericina B foi a droga mais efetiva contra C. albicans. A freqüência, a seletividade e o nível de produção de exoenzimas pelo microorganismo sugerem a ocorrência de uma maior patogenicidade nas crianças com AIDS do que nas crianças do grupo controle.

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Publicado

2003-09-01

Edição

Seção

Odontopediatria

Como Citar

Leveduras da cavidade oral de crianças com AIDS: produção de exoenzimas e resistência antifúngica. (2003). Pesquisa Odontológica Brasileira, 17(3), 217-222. https://doi.org/10.1590/S1517-74912003000300004