Deixado na igreja: da arqueologia a uma estética do lixo recente
DOI:
https://doi.org/10.11606/zrzp9g57Palavras-chave:
arqueologia, igrejaResumo
A Igreja de São Francisco de Assis da cidade histórica de Mariana em Minas Gerais começou a ser construída em 1763, compondo um conjunto de importantes edificações setecentistas na praça que hoje leva o nome do estado mineiro (Instituto Pedra, 2019a, 2019b; Salvador, 2019). Mas a vivência atual da cidade, bem como dessas edificações, não se resume – e nem poderia – ao período colonial e ao Ciclo do Ouro. Apesar de que a preservação patrimonial estatal nas cidades históricas mineiras privilegia o patrimônio dito de pedra e cal, outras ações são também promovidas. Entre essas, as escavações arqueológicas compreendem, talvez ainda mais facilmente, os vários períodos da cidade. Um projeto de pesquisa arqueológica foi realizado naquela igreja (Peruaçu, 2021), associado ao restauro da edificação (interditada desde 2012 por risco estrutural). Ele recuperou muitos materiais arqueológicos cujas datas de fabricação e de uso remetem a usos também contemporâneos.
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