Corpos em Cena: masculinidades e Sobrevivências de Homens de Rua no Limite do Humano
DOI:
https://doi.org/10.4000/pontourbe.10887Palavras-chave:
Moradores de rua, Masculinidades, Sobrevivências, CorposResumo
Neste artigo, os corpos dos moradores de rua são pensados como última instância entre a vida e a morte no perambular pela cidade. Eles forjam estilos de masculinidades negociadas e animalizadas que acionadas em suas sociabilidades dão suporte às suas sobrevivências. A etnografia realizada na Praça do Ferreira-Fortaleza/CE e Centro POP analisa como o corpo dos michês da Ferreira se articulam no limite entre o humano, o não humano e o inumano. Narrado em cenas etnográficas, o artigo busca outro olhar para a valoração da aversão e repulsa aos corpos dos moradores de rua.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. São Paulo: Boitempo, 2008.
ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de Si: uma interpretação antropológica da masculinidade. Lisboa: Fim de Século, 2000
BUTLER, Judith. Vida Precária: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2019. __________ Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
CAVARERO, Adriana; BUTLER, Judith. Condição humana contra a “natureza”. Estudos Feministas. 15 (3). 2007. pp. 647 – 662.
CRAPANZANO, Vincent. A Cena: Lançando Sombra Sobre o Real. MANA 11(2):357-383, 2005.
DE LUCCA, Daniel. Morte e Vida nas ruas de São Paulo: a biopolítica vista do centro. In: RUI, Taniele; MARTINEZ, Mariana; FELTRAN, Gabriel. (Org). Novas Faces das Vidas nas Ruas. São Carlos: EdUFSCar, 2016. Pp 23-44.
FELTRAN, Gabriel. Jornal Valor Econômico. 10/01/2017. “Crise leva mais famílias a morar na rua”. Disponível em <http://www.valor.com.br/brasil/4831060/crise-leva-mais-familias-morar-narua> Acesso em: 20 janeiro de 2017.
FOUCAULT, Michel. Em Defesa da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2016.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
LEVI, Primo. É isto um homem?. Tradução de Luigi Del Re. Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 255.
MAGNANI, José Guilherme C. In: MAGNANI, José Guilherme C.; TORRES, Lilian De Lucca. Na Metrópole: textos de antropologia urbana. São Paulo: Editora USP; FAPESP, 2008.
MARQUES, Ana Claudia; VILLELA, Jorge Mattar. (2005). O que se diz, o que se escreve. Etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 2005, V. 48 Nº 1. Pp 37-74.
PELUCIO, Larissa. (2007). Nos nervos, na carne e na pele: uma etnografia de prostituição travesti e
modelo preventivo de AIDS. São Carlos; UFSCAR. Tese de Doutorado, Universidade Federal de São Carlos.
PEIRANO, Mariza. Etnografia, ou a teoria vivida. Ponto Urbe [Online], 2 | 2008. disponível em <https://journals.openedition.org/pontourbe/1890> Acesso em: 24 ago 2020.
PERLONGHER, Néstor. O Negócio do Michê: a prostituição viril. São Paulo: Brasiliense, 1987.
RUI, Taniele; MARTINEZ, Mariana; FELTRAN, Gabriel. (Org). Novas Faces das Vidas nas Ruas.
Introdução. São Carlos: EdUFSCar, 2016
SANTOS, Élcio Nogueira; PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. Amores e Vapores: sauna, raça e prostituição viril em São Paulo. Estudos Feministas. Florianópolis. 24(1): 406, janeiro-abril. (2016). Pp 133 – 154.
SANTOS, Maria Lourdes dos. Da batalha na calçada ao circuito do prazer: um estudo sobre prostituição masculina no centro de Fortaleza. Tese de doutorado. Universidade Federal do Ceará. Centro de Humanidades, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Fortaleza, 2013.
SCHUCH, Patrece. A Rua em Movimento: debates acerca da população adulta em situação de rua na cidade de Porto Alegre. Belo Horizonte / MG: Didática Editora do Brasil, 2012.
SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
STRATHERN, Marilyn. O Efeito Etnográfico e Outros Ensaios. São Paulo: Ubu Editora, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Zuleika de Andrade Câmara Pinheiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
