"Pare, olhe, escute!" - um prefácio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/5e44bd95

Palavras-chave:

Tim Ingold, tradução

Resumo

Dos vinte e três capítulos que fazem parte do meu livro, The Perception of the Environment, a maior parte foi escrita na década de 90. ‘Pare, olhe e escute!’ foi o último a ser escrito e foi, de longe, o mais extenso e o mais difícil de escrever. Tentando lidar com a questão geral de como as pessoas percebem o mundo à sua volta, fiquei tão animado quanto frustrado pela literatura sobre o que era, na época, o campo emergente da "antropologia dos sentidos". Por um lado, ela prometia um âmbito de investigação rico e fascinante, desvendando áreas da experiência humana negligenciadas previamente ou, até, intocadas. Por outro lado, no entanto, o que ela parecia oferecer, por trás de sua retórica de uma "revolução sensória" no conhecimento, era apenas mais do mesmo, sucumbindo, inocentemente, a um relativismo cultural cansado e amplamente desacreditado. Assim como a antropologia mais antiga (que opunha nós ocidentais aos ‘outros’ não ocidentais) havia retratado esses outros em mundos culturais diferentes, a antropologia dos sentidos parecia retratá-los, do mesmo modo, em mundos sensórios diferentes. Além de substituir "cultura" por "sentidos" e "modelos culturais" por "modelos sensórios", nada havia mudado.

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Publicado

2008-12-12

Edição

Seção

Traduções

Como Citar

Ingold, T., & Valentini, L. . (2008). "Pare, olhe, escute!" - um prefácio (L. M. V. . Romão, M. Balieiro, E. F. de Araújo, A. L. de . Fiori, & R. M. . Harayama , Trads.). Ponto Urbe, 3, 1-5. https://doi.org/10.11606/5e44bd95