Judaísmo na periferia: lazer e formas de sociabilidade
DOI :
https://doi.org/10.4000/pontourbe.1644Mots-clés :
judaísmo, religiosidade popular, marranismo urbano, periferia, festividadeRésumé
Um grupo de pessoas, pertencentes a congregações pentecostais e neopentecostais, passa a se identificar como descendente de cristãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo, principalmente à força, durante a Inquisição) e cria a sinagoga Beith Israel, no bairro de São Mateus, periferia de São Paulo. Lá, conforme seus próprios esquemas de percepção, praticam o judaísmo ortodoxo. Mas, ao buscar o reconhecimento da comunidade judaica de São Paulo, são impedidos de retornar à religião. No presente artigo, busco analisar a interação entre os fiéis em seu pedaço e como a sociabilidade específica da periferia influencia a dinâmica da vida religiosa. Dessa forma, podemos observar a formação de um habitus judaico próprio, que resulta em uma vivência particular do judaísmo, diferente da encontrada no circuito Higienópolis-Bom Retiro, bairros que concentram a comunidade judaica considerada oficial.
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