Judaísmo na periferia: lazer e formas de sociabilidade

Auteurs

  • Carlos Andrade Rivas Gutierrez Universidade de São Paulo

DOI :

https://doi.org/10.4000/pontourbe.1644

Mots-clés :

judaísmo, religiosidade popular, marranismo urbano, periferia, festividade

Résumé

Um grupo de pessoas, pertencentes a congregações pentecostais e neopentecostais, passa a se identificar como descendente de cristãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo, principalmente à força, durante a Inquisição) e cria a sinagoga Beith Israel, no bairro de São Mateus, periferia de São Paulo. Lá, conforme seus próprios esquemas de percepção, praticam o judaísmo ortodoxo. Mas, ao buscar o reconhecimento da comunidade judaica de São Paulo, são impedidos de retornar à religião. No presente artigo, busco analisar a interação entre os fiéis em seu pedaço e como a sociabilidade específica da periferia influencia a dinâmica da vida religiosa. Dessa forma, podemos observar a formação de um habitus judaico próprio, que resulta em uma vivência particular do judaísmo, diferente da encontrada no circuito Higienópolis-Bom Retiro, bairros que concentram a comunidade judaica considerada oficial. 

 

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Biographie de l'auteur

  • Carlos Andrade Rivas Gutierrez, Universidade de São Paulo

    Mestre em Antropologia pelo PPGAS - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP

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Publiée

2010-07-31

Numéro

Rubrique

Artigos

Comment citer

Gutierrez, C. A. R. . (2010). Judaísmo na periferia: lazer e formas de sociabilidade. Ponto Urbe, 7, 1-13. https://doi.org/10.4000/pontourbe.1644