A Ouro Preto que não está no retrato: contando a cidade e capturando cenários sob a perspectiva dos seus moradores
DOI:
https://doi.org/10.4000/pontourbe.8456Palavras-chave:
antropologia urbana, Ouro Preto, fotografia, pertencimento, turismoResumo
O presente trabalho pretende contribuir com os estudos antropológicos sobre dinâmicas urbanas em cidades pequenas e médias, a partir da cidade histórica de Ouro Preto. Famosa por sua importância no período colonial brasileiro, a cidade hoje tem no turismo sua principal atividade econômica. Entretanto, os moradores produzem outras (micro)territorialidades e interpretações da cidade, que nem sempre são observadas por quem a visita. Pretendemos explorar essa outra dimensão, a partir da leitura de moradores que ali nasceram e, a partir do uso de fotografia, nos mostraram essa outra cidade, que destoa daquela que está nos cartões postais. Nesse processo, pôde-se observar que a cidade, apesar do peso de seu passado, está em constante mudança, sendo transformada por quem a habita.
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