Apontamentos etnográficos da defesa animal e seus ativismos nas relações interespécies
DOI:
https://doi.org/10.4000/pontourbe.8193Palavras-chave:
ativismo animal, etnografia urbana, relações interespécies, antropocentrismoResumo
O artigo trata das práticas e subjetividades dos ativistas de defesa animal que emergem das relações amigáveis e de exploração interespécies e revê as teorias antropocêntricas da Modernidade. Para tanto, o trabalho escorou-se em uma etnografia dos usos e apropriações dos espaços públicos e privados urbanos por parte destes ativistas neles subdivididos em grupos nas suas lutas diárias contra a exploração e violência a que são submetidos animais domésticos e selvagens em São Paulo. O imbricamento entre ativistas, exploradores e animais resulta numa interferência mútua no direcionamento dos ativismos e da conceitualização desses interlocutores. O estudo faz uso de uma pesquisa participante realizada de 2004 a 2013, e de entrevistas feitas entre 2016 e 2017, junto aos ativistas, que resultou em minha tese de doutoramento financiada pela Capes.
Downloads
Referências
FELIPE, Sônia. “Abandonar o antropocentrismo”, site Crítica na rede. Disponível em <https://criticanarede.com/etica.html#animais>. Consultado em fev.2005.
_____________ Abolicionistas, bem-estaristas, socorristas. Anda, 2011, disponível em https://www.anda.jor.br/2011/12/abolicionistas-bem-estaristas-socorristas/. Consultado em nov.2017.
FRANCIONE, Gary L. Entrevista. Veganos pela abolição da escravidão animal, abril de 2013, disponível em <http://www.veganospelaabolicao.org/abolicao/textual/abordagem-abolicionista/entrevistas/341-entrevista-com-gary-francione-autor-do-livro-qintroducao-aos-direitos-animaisq>, consultado em fev.2015.
________________. Introdução aos Direitos Animais, Campinas: Editora Unicamp, 2013.
GOHN, Maria da Gloria (org.) “Movimentos Sociais na Atualidade”, in Movimentos Sociais no início do século XXI, Petrópolis: ABDR, 2002.
HARAWAY, Donna. 2009. Se nós nunca fomos humanos, o que fazer? Ponto Urbe n. 6, Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, entrevista com Donna Haraway. Disponível em <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3894376/mod_resource/content/1/ponpontou-1635-6-se-nos-nunca-fomos-humanos-o-que-fazer.pdf>.
______________ Companhias multiespécies nas naturezaculturas: Uma Conversa entre Donna Haraway e Sandra Azerêdo, in SlideShare, 2013, disponível em <https://pt.slideshare.net/fabio.coltro/companhias-multiespcies-nas-naturezaculturas-uma-conversa-entre-donna-haraway-e-sandra-azerdo>, consultado em 2017.
______________Identidades fraturadas. in Manifesto Ciborgue Ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX, Tradução Tomaz Tadeu. In: HARAWAY, D.; KUNZRU, H.; TADEU, T. (Orgs.), Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
INGOLD, Tim, 1995. Animalidade e Humanidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 28 de junho de 1995.
LEWGOY, B. Crítica da ração impura: o repto naturalista na alimentação animal. In: BEVILAQUA, C. B.; VELDEN, F. V. (org.). Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relações entre humanos e animais. São Carlos: EdUFSCar, 2016. p. 223-240.
LEWGOY, Bernardo, SORDI, Caetano e PINTO, Leandra. 2015.Domesticando o Humano para uma Antropologia Moral da Proteção Animal, ILHA, v. 17, n. 2, pp. 75-100.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. 2002. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17, n. 49.
MARRAS, Stelio. 2014.Virada animal, virada humana: outro pacto. Scientiae Studia, versão impressa, ISSN 1678-3166, Sci. stud. vol.12 n.2.
NACONECY, Carlos. 2009. Bem-Estar Animal ou Libertação Animal? Uma Análise Crítica da Argumentação AntiBem-Estarista de Gary Francione. Revista Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 4, n. 5, pp. 235-267.
PADILHA, Mônica Soares B. 2018. O ativismo animal em São Paulo, uma interpretação sócio-antropológica de suas práticas e subjetividades, tese de doutorado em Humanidades e Direitos. São Paulo. Diversitas FFLCH-USP.
PORTILHO, Fátima (et. al.).2011. A alimentação no contexto contemporâneo: consumo, ação política e sustentabilidade. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 16, n. 1, pp. 99-106. Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Rio de Janeiro, Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63015361010, acessado em: 2017
PRUDÊNCIO, Kelly; CARBONAR, Camila. “Abolição já ou depois? Disputas de enquadramento na luta por reconhecimento dos direitos animais no Brasil”. Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho Comunicação e Sociedade Civil do VI Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (VI Compolítica), na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), de 22 a 24 de abril de 2015.
REGAN, Tom. The Case for Animal Rights. Los Angeles: University of California Press, 2004.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela Mão de Alice. O social e o político na pós-modernidade, São Paulo: Cortez, São Paulo, 5. Ed. 1999.
SCHERER-WARREN, Ilse. 2006. Das mobilizações às redes de movimentos sociais. Revista Sociedade e Estado. UNB, V. 21, n. 1, pp.109-130.
SILVEIRA, Flavio Leonel Abreu da. 2015. De um prosaico coexistir interespecífico aos dilemas do biopoder: as interações humanas e não humanas no mundo urbano contemporâneo amazônico. ILHA, v 17, n. 1, Universidade Federal do Pará, PA.
TOMA, Renata Harumi Cortez. 2017. Amor Canino: emoção, mercado e subjetividade entre seres humanos e cães de estimação na cidade de São Paulo. Dissertação de mestrado em Antropologia Social. São Paulo - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Mônica Soares Botelho Padilha

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
